domingo, 26 de julho de 2015

Obrigações e Oferendas na Umbanda
Já imaginaram o que seria do mundo se toda pessoa que quisesse algo em sua vida, era só ir fazer uma oferenda a um Orixá, Guia, Santo, Exu ou Pomba-Gira, barganhar e pronto?
Ou seja, era só comprar o que o Orixá ou Guia mais gostasse, porque onde eles moram não tem mercado, feira, nem casa de artigos religiosos, e por isso precisam que nós os agrademos com bebidas, comidas, charutos, velas, ou seja, coisas materiais,para poderem satisfazer nossos egos incapacitados e muitas vezes doentio.
Pra que fazer vestibular?
Pra que estudar muito pra ser um bom profissional?
Pra que trabalhar?
Pra que ser honesto?
Pra quer perdoar?
Pra que ter honra e honestidade?
Seria legal, através de uma oferenda eu conseguir o homem ou a mulher que eu quero.
Não existiram mais doenças.
O campeonato de futebol não seria mais resolvido no gramado, mas sim, nas encruzilhadas.
Quando eu não gostasse de alguém seria fácil: era só fazer um feitiço e essa pessoa sumiria.
Dinheiro então nem se fale; era só levar uma oferenda na Natureza e no outro dia eu ganharia na loteria.
Fácil né? É assim então?
Se for, não preciso mais me esforçar pra nada nesse mundo, pois, é só fazer uma oferenda ou despacho e está tudo resolvido. Pra que então perdermos tempo atendendo as pessoas num Templo Umbandista, com orientações e evangelização, se nós teríamos a certeza que basta uma oferenda ou despacho para que o problema daquela pessoa, seja qual for, fosse resolvido.
É mais fácil então uma só pessoa atender a todos no Templo, colocando os problemas das pessoas em um buscador da internet; encontrando o despacho ou oferenda condizente, era só tirar uma cópia, dar na mão do consulente e mandar ele se virar pra realizar o ato que tudo estaria resolvido em sua vida.
Devemos então jogar fora o Evangelho e achar que Jesus foi um tolo inocente por querer que todos fizessem Reforma Íntima e nos melhorássemos para sermos felizes.
Jesus também foi mentiroso quando nos disse: “Eu sou o caminho, a verdade a vida; ninguém chega ao Pai a não ser através de mim”.
Com Jesus não se barganha; Jesus não se compra; Jesus se conquista; Jesus é pura doação.
Seus favores somente chegam a quem merece de fato, pois entenderam o seu Santo Evangelho; mudam suas vidas.
Será que com os Sagrados Orixás também não é assim?
Será que para conquistar o apreço dos Orixás também não teríamos que nos reformar, nos melhorar, sermos amorosos e caridosos?
Alguém (com certeza não foram Guias Espirituais da Umbanda), no passado, ensinou que para se obter favores dos Orixás bastaria agradá-los com oferendas .
Alguém (com certeza não foram Guias Espirituais da Umbanda) ensinou que para todo problema existe oferenda conciliatória. Será que é assim?
Muitos umbandistas abandonaram a religião, dizendo que cansaram de realizarem oferendas e despachos, e os Orixás nunca os ajudaram; suas vidas continuaram na mesma; nada foi resolvido; alias, piorou; gastaram o pouco que tinham.
As obrigações arriadas na umbanda, potencializam a nossa vontade, que através da fé, conseguimos vibrar numa frequência superior, aumentando em muito a possibilidade de alcançar nosso objetivo.
O merecimento atingimos quando passamos a dar valor, ao que realmente tem valor, entendendo o que realmente estamos fazendo nesta vida.
A Umbanda é crística e brasileira.
Sarava a Umbanda
Fonte: Tenda espírita Zurykan


O que é Umbanda ?

Por incrível que possa parecer,na Umbanda, não existe um consenso de quais são os sete Orixás básicos ou as sete linhas, ou até mesmo sobre quais são os Orixás da Umbanda.
Mas para aqueles que já estão na Umbanda há algum tempo fica fácil compreender que a Umbanda não tem um codificador, não tem uma Bíblia, não tem um “Diretor de Culto” Supremo.
A Umbanda sofreu e sofre incríveis influências regionais e até mesmo, numa mesma região, de terreiro para terreiro.
As diferenças de culto, ritualística e de maneiras de compreender a Umbanda devem ser encaradas como riqueza da nossa religião e não como falta de organização.
Portanto, não há intenção de determinar ou decodificar a Umbanda. Entretanto, existem algumas premissas que, de certa forma, são consenso dentro da Umbanda, havendo pequenas variações que devem ser respeitadas.
Esta é a maneira como a compreendo e professo.
Características Principais da Umbanda
A Umbanda é um sistema religioso fundamentalmente naturista, isto é, se manifesta através das forças da natureza, assim como com espíritos contemporâneos, ou não, pesando expressivamente em seu exercício as vibrações das Almas.
A Umbanda possui muitas co-irmãs e as pessoas muitas vezes confundem-na com outras religiões que possuem nomenclaturas semelhantes às utilizadas na Umbanda, no entanto a semelhança é meramente aparente e termina aí.
O fato da Umbanda ter como uma de suas raízes a forte influência africanista e cultuar Orixás,gera muita confusão e sobressai a necessidade de apontar limites bem claros.
1. Trabalhamos exclusivamente visando o bem, a caridade e o progresso espiritual .
2. Não temos “feituras de cabeça”, boris, raspagens, camarinhas, roncós, corpo fechado, ebós, orunkô, feitura de santo, bascos, firmo de nação, etc.
3. As sessões obedecem a horários pré-estabelecidos. Não vemos nenhum sentido em sessões madrugadas adentro. Por que não? Simplesmente por ser contraproducente, ninguém consegue manter a “gira firmada” por tanto tempo, as pessoas trabalham, ficam cansadas, e a falta de concentração, ou nível energético dos médiuns tende a cair drasticamente após 3 horas consecutivas de culto. Além do mais a própria assistência começa a ficar desacomodada, desconfortável, gerando vibrações de impaciência e falta de interesse. Tudo isso gera um desacordo energético que acaba por influenciar o bom andamento da gira. É claro que estamos nos referindo às giras ordinárias e não às festivas.
4. O abate de animais (sacrifício) não faz parte, em nenhum momento, de qualquer rito da Umbanda (aberto ou fechado).
5. No que diz respeito a oferendas aos Orixás, guias, ou entidades menores, ressalto que sou contra o uso excessivo desse recurso como elemento de religação. A oferenda tem sua função específica e determinada. A banalização da mesma influencia negativamente no desenvolvimento do médium e na evolução do espírito (guia ou protetor) que a está recebendo. Aqui você pode estar perguntando como e porque o uso excessivo de oferenda pode atrapalhar a evolução de um espírito e/ou de um médium.
A resposta é simples e como em tudo há sempre dois lados a serem observados:
Na realidade desestimulamos tudo que seja excessivo. No caso das oferendas, existem consequências de ambos os lados, material e espiritual.
Do lado material:
a) O custo dos elementos da oferenda (muitas pessoas chegam a deixar de comer, ou até mesmo, permitem que falte alguma coisa dentro de sua casa para comprar os elementos da oferenda).
b) Estímulo a barganha espiritual, ou seja, o ofertante acredita que oferendando alguma coisa poderá obter privilégios junto a espiritualidade.
c) Estímulo a preguiça espiritual no sentido da evolução, ou seja, o ofertante começa a acreditar que a oferenda substitui o seu empenho em melhorar enquanto pessoa, geralmente com a famosa frase : “Eu cuido do meu santo, já arriei minhas coisinhas”.
Do lado espiritual:
a) Pela pessoa somente se interligar com a espiritualidade através da oferenda, as entidades receptoras começam a pedir cada vez mais oferendas com o intuito de estarem sempre próximas da pessoa, pois sabemos que para que haja aproximação da entidade é necessário que haja sintonia de pensamentos e sentimentos. Quando fazemos uma oferenda, geralmente elevamos a nossa faixa vibracional e nos harmonizamos com a entidade. Isso faz com que comece a haver uma espécie de “vício” ou “ciclo vicioso”, onde entidade e pessoa começam a precisar da oferenda para se comunicarem.
b) Disso surgem pedidos cada vez mais frequentes impedindo o progresso da pessoa e da entidade que começa a ver na oferenda a única forma de contato com a pessoa ofertante. Quanto menos evoluída a entidade e mais apegado a matéria for o médium, mais ambos “precisarão” de oferendas.
Amor, fé, estudo doutrinário e o desejo de fazer caridade desinteressada em retribuição, ofertadas com resignação e humildade”, assim nos dispomos a ser médiuns. E se dispor a ser médium não significa apenas entrar para a corrente de um terreiro e dar incorporação. Mas se colocar a disposição, a serviço da caridade. E sabemos muito bem que não há necessidade da incorporação para que isso ocorra, assim como sabemos também que arriar oferenda não é “cuidar do santo”.
Com tudo isso exposto, esclareço que o uso da oferenda como elemento de atração, religação ou ponto de fixação dependerá da orientação de cada dirigente umbandista.
Havendo a real necessidade, a oferenda deve ser feita em locais determinados, normalmente junto à natureza ou reinos apropriados. Lembrando sempre de deixar o local limpo como foi encontrado. Sou absolutamente contra, por exemplo, acender velas perto de árvores (risco de incêndio) ou numa pedra (sujeira da cera).
Nós umbandistas amamos a natureza e as suas energias, como podemos sujar os locais sagrados para nós? É no mínimo incoerente. E uma coisa que o umbandista não pode ser é incoerente.
A situação ideal é que todas as oferendas sejam feitas dentro do próprio terreiro em alguma parte destinada para esse fim.
6. A vestimenta básica do trabalhador de Umbanda é toda branca.
7. Não há, sob hipótese alguma, retribuições financeiras por trabalhos executados, consultas, ou o que quer que seja, e nada, absolutamente nada, justifica a cobrança de consulta, mesmo que seja um valor insignificante ou irrisório. Alguns chegam a dizer que é para ajudar na manutenção do Templo, mas afirmo que esta é uma responsabilidade do Dirigente e seu corpo mediúnico.
Existem inúmeras maneiras de se sustentar um terreiro sem que haja necessidade de se cobrar por nada que envolva o sagrado.
8. A ascensão ao sacerdócio na Umbanda se faz através do tempo, da propriedade individual, da constância e seriedade com que o médium se propõe à caridade. Objetivando auxiliar o médium nesta tarefa, são realizados determinados preceitos e obrigações, testes e avaliações. Mas fundamentalmente o trabalho, o tempo, a dedicação e o estudo são a firmeza do médium, pois não adianta fazer uma série de recolhimentos e preceitos se o médium não se entrega à função sacerdotal dentro e fora do terreiro, com responsabilidade e consciência de seu papel.
Sarava a Umbanda !

sexta-feira, 10 de julho de 2015

POR QUE TIRAMOS O CALÇADO AO ENTRARMOS NO TERREIRO???

O "rito de descalçamento" ou descalçar os pés ao aproximar-se de um lugar considerado santo tem registro em várias religiões ou filosofias iniciáticas.
A orientação de Pitágoras aos seus discípulos era expressa: que eles, ao realizarem as abluções (purificação por meio da água) e adorações no templo, o fizessem com os pés descalços para que o "pó mundano" não contaminasse o espaço sagrado, significando simbolicamente que as coisas mundanas não deviam ocupar a mente dos discípulos com preocupações. Os muçulmanos, ao executarem seus ritos devocionais, sempre deixam suas sandálias à porta das mesquitas.
Os druidas assim procediam, bem como os antigos incas dos altos andinos deixavam sempre seus sapatos à porta ao entrarem no magnífico templo consagrado à adoração ao Sol.
Tal hábito é, portanto um símbolo de reverência.
E na Umbanda??
Este ato litúrgico não deve ser compreendido como gesto de humilhação ou submissão, mas sim como um ato de reverência respeitosa e rogativa discreta que traz inúmeros benefícios ao indivíduo, se encarado com humildade sincera, auxiliando-o na saúde física e psicológica. Pisar descalço no terreiro DESCARREGA as energias negativas.
Tocar a testa no congá ou no chão absorve magnetismo positivo imantado nesses locais pela irradiação da aura das entidades espirituais que comparecem em auxílio aos filhos da Terra.
MEDIUNIDADE DE TERREIRO.
Fonte:
/page/Nos-Caminhos-de-Aruanda/

quinta-feira, 9 de julho de 2015


Motivos para que você não descuide de sua quartinha 

Veja a importância :
Texto por Babalorisa Kleber Ti Ogún
Começamos pelo famoso " QUARTILHÃO " aquele que habita a entrada ou porta De um ilê ao qual o filho da casa entra e despacha a porta no ato de jogar a água Na rua este mesmo quartilhão não pode ficar sem água ou seja vazio pois ele
Muito neutraliza a negatividade que habita o portão do lado de fora da casa de asé
Lembrando que esta deve ser rezada e encantada não só colocada e deixada lá .
Agora o assunto quartinha eis alguns motivos para você cuidar e zelar e não deixar Sua quartinha sem água ou abandonada .
- Orisás ligados a terra exemplos , Odé , Ogún , Xangô , Omolú
Quartinhas de barro para a evaporação da água e troca da ,mesma até com uma Certa frequência ja que a água fertiliza a terra , a criação da quartinha de barro Também e de autoria de nanã a exemplo de nosso corpo , que a mesma empresta O barro para quando de nossa morte devolver o material a terra ou seja a nanã .
- Ja as iyágbas e orisás fufun que não são mexidos e não aceitam muito Movimento dentro de seus quartos ou locais aonde são assentados a quartinha e De louça ja que a água para estas divindades devem ser limpa ao extremo e a Louça deixa a água por tempo considerável pura para a sua troca .
Portanto deixar a quartinha sem água causa
- falta de axé sendo a água fundamental para tudo no asé
- traz poeira e esta mesma poeira o orisá joga para sua vida
- Afinal cada um oferece o que tem e o orisá retribui aquilo que você oferece
- Esta mesma água e que deixa a sua vida sempre renovada
- Esta mesma água e quem desperta o iniciado quando esta " VIRADO NO SANTO'
- Esta mesma água e que mostra o respeito ao sagrado e seu cuidado com o orisá
- Esta mesma água fresca e trocada e rezada renova seus pedidos ao seu orisá
- Esta mesma água mostra o elo e a cumplicidade entre você e seu orisá
- Esta mesma água mostra que você e cumpridor de suas obrigações a seu orisá
E quando de seu recolhimento e preceitos em obrigações nada de caneca de Ágate e sim e da quartinha de seu orisá ou de seu igbá orí e que a água que ira Saciar a sua sede deve ser usada portanto não e apenas um elemento comum
Que se enche com água e deixa ao lado de seu orisá e para quem conhece asé Sabe que a quartinha acompanha a gente até na nossa partida deste mundo
Então você que é pouco zeloso com um dos materiais mais importantes de nosso Culto aqui alguns toques e motivação para que você seja um
Babá , Iyá , Egmoí , Iyáwô , exemplar e este tipo de exemplo você não dará a Ninguém e sim a si mesmo e a seu orisá como ja disse em postagens anteriores
Há coisas que só você mesmo pode fazer por você mesmo .