domingo, 4 de junho de 2017

Zé Pelintra na Umbanda e sua Falange de Malandros do bem.



Muitos falam sobre essa maravilhosa falange, muitos sabem o que falam, mas outros muitos nem ao menos sabem o que e por que falam. Apenas porquê foi assim que ouviram e não buscam saber o que falar corretamente, inúmeros são os motivos que tanto distorceram o real fundamento e sentido dessa maravilhosa falange espiritual que tanto nos auxilia. Muito foi distorcida também a imagem dessa falange, por médiuns despreparados e sem conduta, que atraem para perto de si espíritos zombeteiros que se passam pelos reais malandros e assim fazem e tem atitudes completamente distorcidas que muito comprometem o nome dos verdadeiros malandros de Umbanda e a falta de Zeladores comprometidos, torna isso mais intenso e então por medo, acabam não utilizando esse maravilhoso grupo de espíritos comprometidos com a Caridade e o bem ao próximo.

Pois bem, esse post tem objetivo de esclarecer um pouco sobre esse tema e levar aos que pouco sabem, algum esclarecimento sobre essa falange de trabalho na Umbanda.

Porque Malandro?

Como disse para mim o malandro e amigo que caminha comigo, “- Malandro mesmo é a Maestria (Deus), que nos dá a Fé como caminho, sabendo ele, que o único caminho é a Fé...”

A real representação da Malandragem é o bom ato em prol da vitória sobre o mal, o conceito inicial da malandragem é se esquivar através da boa malandragem, de influências negativas que a todos nos cerca, de forma positiva, alegre e proveitosa.

Quem são os malandros?

Assim como todas as entidades que se apresentam na Umbanda, os malandros que chegam na nossa amada religião para trabalhar são espíritos desencarnados, que hoje com seu esclarecimento e entendimento sobre a Criação, usam seu conhecimento e experiências viventes para virem novamente em terra, e assim nos ajudar de forma positiva em nossa caminhada evolutiva como Guias espirituais.

Mas assim como todos os Guias de Umbanda, a falange de Malandros tem a sua regência e Orixás os quais respondem diretamente. Não são entidades livres de responsabilidade, assim como todos os outros, tem suas responsabilidades a seguir que é fazer e praticar suas boas mandingas em nome da Caridade e do amor ao próximo que os procuram em busca de ajuda.

Falange de Malandros.

A malandragem antes de tudo, antes de até mesmo ser integrada na Umbanda foi criada e autorizada por Olorum e como qualquer Falange tem sua regência e responsável, com a malandragem não é diferente.

Quem nunca ouviu falar de Zé Pelintra? Pois bem, o caro e amigo Zé Pelintra, grande mandingueiro, mestre Juremeiro, portador da Fé, que caminhou do Nordeste ao Sudeste buscando seu caminho por longas estradas... É essa brevemente, uma das grandes lendas que explicam sobre o amigo Zé Pelintra que se apresenta em nossa religião. Mas como sabemos, cada espírito que se apresenta nessa linha é um espírito diferente e tem sua própria história, mas que dentro de seu contexto, por afinidade, é nessa linha de trabalho que se apresenta e vem nos ajudar. Mas o grande Zé Pelintra Mestre Juremeiro é o famoso Zé, também chamado por uns de “Zé Maior” o grande Chefe de falange da Malandragem, é a ele que todos os malandros atuantes e que se apresentam na Umbanda para trabalhar respondem, e é ele que responde aos Orixás que regem e dão sustentação a essa linha de trabalho em nossa religião.

Esses Orixás, podemos observar e identificar primeiramente e pontualmente quando vemos e observamos a forma de trabalho de um Malandro na Umbanda. Suas cores preferidas ou principais, que representam essa falange de trabalho são o Branco e o Vermelho, cores essas que representam respectivamente Oxalá e Ogum, o grande Orixá representante da Fé e o Orixá da lei Ogum, que além da Lei, tem os Caminhos como seu campo de atuação. Olhem que grande representação da Umbanda nessa falange de trabalho, é a própria lei do retorno em sua mais maravilhosa atuação de resgate. Quem diria um “malandro”, reconhecido grosseiramente por nós pelos seus atos em vida, de serem grandes e sábios contrários da lei do homem e de Deus, praticando seus mais diversos atos e costumes para seu benefício próprio, hoje, atuando diretamente sobre a regência da Lei Maior que é Ogum, através da Caridade, para recuperar seus carmas acumulados nos atos cometidos em seus caminhos. Sendo assim, eles praticam essas mesmas malandragens só que de forma benéfica e positiva, trazendo o branco em suas vestes representando a paz e a sua Fé e credibilidade no que ele pratica em seu novo caminho.

Sr Zé, quando estreitamos nosso contato com ele, ele sempre busca nos vivificar, colocando nossos potencias e virtudes para fora com sua alegria e gerando em nós uma sensação inigualável de que a vida vivida é maravilhosa, essa parte advém de nossa maravilhosa mãe Iemanjá a geradora de tudo. Observamos também que todo bom malandro atua de forma pontual, presente e incisiva em nossas vidas com seus conselhos doutrinadores e direcionadores, fazendo com que todos nós acordemos de nossas falhas e nos movimentemos de forma nunca antes vista para nossas conquistas e consertos dessas falhas, essa parte vem de nossa grande mãe Iansã Rainha da lei e das direções.

Mas quem nunca ouviu a famosa frase de um malandro: “- Malandro que é malandro, caminha em qualquer lugar...”? Dentre as diversas frases de Sr. Zé Pelintra, essa é uma delas que carrega muito mais mistério do que podemos imaginar.  O mistério maior de Zé Pelintra vem de sua principal regência que é Oxalá, Ogum, Iemanjá e Iansã. Mas, podemos encontrar hoje dentro da falange da malandragem, diversos “Zés” com suas mais distintas filiações e atuações específicas dentro do campo desse ou daquele Orixá. Logo, muitos “Zés” podem vir sobre a regência de um específico Orixá, mas sempre respondendo primeiramente a estes quatro principais que regem essa linha da malandragem.

Assim como encontramos Zé Pelintra respondendo a esses quatro Orixás com tais especificações, mas atuando com seus mistérios para todos os fins de Amor, Justiça, Cura, etc. e etc. Pois sua regência vinda de Oxalá, o grande criador que exteriorizou do interno de Olorum, todos os campos da vida e seus respectivos Orixás responsáveis, deu a ele a chave para atuar e ter passagem de atuação em todos os campos da vida com sua boa malandragem. Não é à toa também, que um dos grandes símbolos de Zé Pelintra é uma Chave, que dá a ele a passagem por todas as portas da criação.

Muitos são os malandros que se apresentam para trabalhar e muitos com nomes diferentes em suas apresentações:

Zé Pelintra
Zé Navalha
Zé Pelintra das Almas
Zé Malandro
Zé da Madrugada
Malandrinho
Zé Pretinho
Capoeirinha
João baiano....

São muitos os nomes apresentados, mais o importante é saber na realidade que a essência é a mesma, com suas variações em suas regências secundárias e especialidades de atuação.

Ferramentas de trabalho

As mais variadas são as suas ferramentas de trabalho, mas dentre elas podemos destacar a bengala, a chave, o punhal, a navalha, o terço, o maracá, os dados, as cartas, os dominós, palitos de dente, cigarros, cerveja, água com gás, agua sem gás entre outros.

Ao contrário do que muitos pensam malandro ou qualquer tipo de entidade que se apresenta na Umbanda para trabalho, não bebe e nem fuma, são instrumentos que manipulados por eles em sua essência, possuem efeitos místicos de trabalho. Por isso apresento aqui como elementos de trabalho suas bebidas preferidas e seu fumo que é na maioria das vezes o cigarro.

Formas de trabalho

São exímios conselheiros do amor, da fé e da conquista de resultados, nos dão o caminho preciso para chegar ao nosso objetivo. A malandragem em sua mas pura essência são entidades bem próximas de nós, falam de forma mais clara normalmente para nosso entendimento, até porque são espíritos não tão antigos em sua última vivência como os Velhos e Caboclos que caminham conosco. Muitos usam muitas gírias de época, também gostam muito de falar por metáforas e versos, que nos inspiram a entender o sentido profundo do que pretendem nos mostrar.

Despertam em nós a mais pura essência da felicidade, da conquista, da alegria de viver e sorrir. Se fazem muito presentes e muita das vezes com facilidade por sua tão próxima densidade conosco, a energia de um malandro faz nosso coração pular e nossos chacras pulsarem. Se plasmam quase que físicos em nossa frente em algumas situações, nos dão diversas e mais variadas provas físicas de sua presença ao nosso lado. Quem nunca pediu uma confirmação de Sr. Zé peça, mas não saia correndo se o ver passando ou se ele se fazer presente por um de seus elementos de trabalho a sua volta, o qual seus olhos vão focar e não mais desatentar daquele objeto dele por instantes te fazendo ter a certeza que é ele te mostrando que está presente através de sua intuição.

Todas as experiências que tive com esse exemplar amigo e camarada são incontáveis e as mais variadas.

Ao Sr. Zé Pelintra meu amigo e camarada meu muito obrigado.

Que a malandragem guie e se façam sempre presentes no direcionamento de cada passo de todos nós meus irmãos de fé.

Saravá Sr. Zé Pelintra...
Salve a Malandragem...
Salve o Mestre da Jurema...
Salve Sr. Zé Catimbozeiro....

Axé

https://www.youtube.com/watch?v=fIB9JzkHqZg

Ponto - Zé Pelintra - Seu Doutor

CABOCLO PENA PRETA

ALGUMAS PARTICULARIDADES DOS CABOCLOS


O Guardião do Sol



 
Os Carajás, Nação Indígena que habita as margens do Rio Araguaia, possuem uma Lenda da Criação... toda especial e própria... eles se consideram : O povo que veio do furo da pedra... em uma semelhança incrível com Omulu do continente africano...
O mesmo Mito reverbera em diversos locais!

O Mundo era escuro e frio... e os feiticeiros tentavam a luz a qualquer preço...
 
Pajés eram responsáveis por clarear a vida...




Eles caçavam vaga-lumes para prendê-los em pequenas cestas de palha as quais eram utilizadas como lanternas...
Um dia um Bravo feiticeiro desafiou o Urubu Rei para que este libertasse o Sol...
Mas foi vencido... e quando o Grande Urubu pousou vitorioso sobre o corpo do Pajé Guerreiro, abriu suas asas e delas o grande astro surgiu... Iluminando a vida!


Conta outra parte da Lenda de Origem dos Carajás que eles moravam dentro das pedras...
onde era escuro... ( Feito a Alegoria da Caverna de Platão ) E um dia um bravo grupo de guerreiros resolveu sair, e por isto foram caçados e perseguidos, e tidos como loucos 'hereges' e 'profanos'
pelos seus irmãos que amavam ainda a escuridão!
Ao cruzar o furo da pedra imensa... depararam-se com o Dia!
E perceberam que estavam agora no Paraíso!
Que grande lição nos trás esta lenda... este mito... se tornaram profanos aos olhos dos seus familiares para serem moradores do Paraíso!
Que grande alegoria, das nossas religiões, e do comportamento sócio-religioso que nos é exigido!...
Acaso não é sempre que o Novo é tentado...
é perseguido quem o tenta!?
Este Povo está intimamente ligado a Tribo Urubu... ao Povo Urubu, sim isto mesmo!
Aqueles pássaros pretos imensos, que aqui no Brasil costumamos ver no céu toda hora, ( Os Abutres também trabalham como Totens, com o mesmo poder! ) aqui temos os urubus voando bem alto, ou no meio da carniça...
Os Carajás sabiam, que além de serem lixeiros naturais, limpadores da Terra, os Urubus, eram os Guardiões da Luz, e a eles eram atribuídos Dons de Cura e Iluminação...


 
 
Desta linhagem de Espíritos Trabalhadores, surge o Caboclo Pena Preta, Feiticeiro Vodum,
De Omulu, e de Kananciuê ( Ou Oxumarê! ) Ligado ao culto de Dhaomé pela Serpente do Arco-Íris que é Oxumarê, o Renovador da Vida.
Caboclo Urubu ou Pena Preta, é Curador Exímio, Despertador da Luz, onde as trevas reinam absolutas,
trabalha com os Exus do Cemitério e da Morte ( Guardiões da Morte ) e com os Guardiões da Vida!
 
 

Um Caboclo pouco conhecido na Umbanda.
Salve Caboclo Urubu!
Saravá Feiticeiro Negro!
Okê Seo Pena Preta!

Ele ensina que este mundo possui Mistérios Profundos...
 
e que a noite é necessária, para 'embalar' o dia!
Ensina que nas trevas mais densas existe Luz!
Ensina assim Integração da Personalidade!
E desperta o Dom da Cura e da Expulsão de espíritos vagantes!


 
 
Eu particularmente, tenho um Amor imenso pelos Urubus, desde pequeno...
Uma amiga e irmã querida que também os ama, me ensinou a observá-los e assim aprendi o Oráculo dos Urubus...



 
E agora reencontro o Guardião Poderoso, Caboclo Pena Preta!
E a Familia do Povo Urubu!
Reencontrei minha linhagem de Antepassados Carajás.
E lhes pude retribuir tanto Amor e Conhecimento!
Que lindo! ( Chorei de Alegria quando os reencontrei! )
E como diz um Ponto de firmeza dele, ( Passado pelo próprio! ) ele Desperta o Amanhecer, ele é portanto,
um dos Despertadores do Novo Sol, do Novo Mito!

"Eh hê! Guardião do Sol
 
Eh hê! Guardião da Luz
Seo Pena Preta
desperta o amanhecer!"


  
..................................................................


Ritual para Chamar a Luz do Caboclo Pena Preta
 

Deve ser realizado as cinco e meia da manhã:
 

Uma Vela Preta e Branca e uma Vela Dourada,
 
acenda no seu altar, coloque ao lado esquerdo uma onix preta e um citrino ou pedra do sol,
no meio das duas pedras, um cristal de quartzo que tenha um arco-íris dentro, ( mesmo que pequeno)
um copo com água mineral gasosa, levemente gelada, entre as velas.

Chame o Caboclo Pena Preta:
 

Eu Peço Licença ao Divino Criador, e a meus Guaridiões
 
e Saúdo o Guardião do Amanhecer!
Peço que venha até mim neste amanhecer do Novo Dia!
E leve embora a Morte
e deixe comigo o Sol!
Amém Amém Amém!
Agradeço ao Senhor Pena Preta!

Abra tuas asas Espírito do Urubu!
 
Abra tuas asas e devolva o sol da minha alma!
Eu vos Saúdo Nação Urubu!
Eu vos Saúdo Nação Carajá, dos Guartdiões da Luz!!!

Beba a água toda do copo, pensando: Eu bebo da Água da Vida!
 

Agradeça, fique em silêncio por um pouco e então faça seus pedidos
 
SEMPRE pedidos de paz para sua familia, de cura para alguém, de saúde inabalável, de livramento de ataques psíquicos, magias negras e bruxedos... pode pedir pela cura imediata das depressões e síndrome do pânico.

( Nunca peça por afastamento de casais, ou para casar, nunca peça maldades! Pois estas coisas todas sempre lhe serão cobradas além é claro de não serem realizadas! )
 

Deixe as velas queimarem, e depois guarde o cristal de quartzo com o arco-íris, junto com você, pode levá-lo sempre consigo ou deixá-lo em seu altar ou criado-mudo, sempre limpo como se deve limpar os critais ( se não sabe procure no Google! ) pode ficar sempre visível, mas não deve ser tocado por outras pessoas com frequência, se acontecer não entre em choque está tudo bem! Pode limpá-lo novamente da maneira tradicional e deixá-lo por perto sempre!...
 

As outras duas pedras, onix e citrino ou pedra do sol ( dependendo da que vc escolheu! ) guarde dentro de uma sacola ou bolsa-descartável, pois você não deve colocar dentro de outra bolsa nem de um bolso , e leve o mais rápido possível a um cemitério ou campo aberto, peça licença aos Guardiões do lugar escolhido, ( Se for no Cemitério vá até o Cruzeiro peça licença aos Guardiões do Cruzeiro e deixe ali ) Lembre-se que:
 
para entrar em ambos os lugares e para deixar ali as pedras, você deve pedir licença, e licença para sair, ao sair saia agradecido. Agradeça mais uma vez ao Caboclo Pena Preta, Feiticeiro Pena Preta, Pajé Negro... neste momento você saberá como chamá-lo! E saiba que a partir daí, você será intuído a se tornar um Despertador do Sol, em sua casa, no seu trabalho e no seu amor!

A partir deste momento terá a Proteção do Caboclo Pena Preta!
 
 
 
E tenha a certeza que o amanhecer lhe trará uma nova vida
de harmonia e paz...
 
 
Como Animal Toten ou de Poder, ele come as energias estagnadas em seu corpo energético, e em sua vida, e as transmuta.
São curadores e limpadores dos Pontos de Força ou Vórtices de Energia Planetários, bem como dos Chácras Planetários!


 

quinta-feira, 27 de abril de 2017

⁠⁠⁠GUIAS ( colares )





Quem nunca viu um crucifixo no pescoço de um Padre? Um índio com seu colar?   Reis com seus colares e pulseiras e coroas? Acredito que todos nós já vimos, né?

Desde de os tempos remotos, esses objetos não serviam somente como adornos mas também como proteção . Todos os viam como objetos magísticos, perfeitos amuletos e, por vezes, indicavam o grau de hierarquia dentro de um  clã ou de uma tribo .

Na nossa Umbanda querida as nossa guias são colares coloridos que são utilizados nos trabalhos, fazendo parte do fundamento de todo Umbandista.

As guias são verdadeiros para-raios em defesa dos médiuns. Elas são imantadas pelos guias chefes ou pelos dirigentes da casa através das energias da natureza para servirem de escudos contra as energias negativas que possam se aproximar dos servidores da Umbanda na prática da caridade. Se por algum momento, alguma carga negativa se aproximar, essa carga se choca à guia de contas como um escudo de proteção para o médium.

Não podemos esquecer que os fios são feitos de náilon e alguns com ferramentas em metal. Como estão encostados ao nosso corpo poderão também arrebentar por desgaste do material.

As guias, além de servirem de proteção, também têm outras funções como:

- Elo de ligação psíquica entre médium e espírito;

- Instrumento de auxílio nos tratamentos espirituais;


CONFECÇÃO DAS GUIA

As guias de proteção devem se confeccionadas com produtos naturais, que sejam excelentes condutores de energia.

Dependendo de cada casa e de suas regras, podem ser feitas de sementes, madeira como o bambu, pedras, porcelana, conchas, cristais. Não devemos usar plástico ou tipo de material similar, pois estes não são filtros indicados para o trabalho espiritual.

Serão confeccionadas de acordo com as regras da casa espiritual ou a pedido de uma entidade específica. Mesmo a pedido, a guia só poderá ser confeccionada se autorizada pelos dirigentes ou pelos guias chefes.

Existem casas especializadas em venda das guias prontas e que também seguem as mesmas regras. Como são colares imantados, precisam ser bentas pelo guia chefe ou pelos dirigentes para que possam ter a mesma tônica vibracional daquelas que todos os outros médiuns que se encontram na mesma roda utilizam. Todo material utilizado pelos médiuns tem que estar na mesma vibração, na mesma harmonia como um todo. Assim, cada vez mais a corrente espiritual se fortalece.

Todas as guias, para terem valor vibracional, devem ser imantadas e fundamentadas. O número de contas será dito pelo dirigente após autorização do guia chefe.

As firmas utilizadas para fechamento das guias servem como espaço mágico para receberem e distribuírem de uma maneira contínua as energias e para formarem assim uma campo magnético fechado ao longo da corrente de contas, passando energia de uma a uma.


LIMPEZA DA GUIAS

Deverão ser colocadas em uma bacia com água e cobertas com ervas específicas. Normalmente, utilizamos o boldo (erva de Oxalá), no que chamamos de tapete de Oxalá. Essa limpeza também poderá ser feita em mar aberto, nas cachoeiras ou deixando esticadas no altar para imantação.


EXPLICAÇÃO SOBRE FUNDAMENTOS PARA AS GUIAS

Existem alguns fundamentos para a confecção de cada tipo de guia:

- GUIA DE PROTEÇÃO: Todos os colares de contas são feitos para proteção. Quando um médium novo em desenvolvimento começa a vestir o branco e a participar de uma roda de desenvolvimento, é pedido a ele a primeira guia da casa. Essa, normalmente é a de Oxalá, para todos nós Umbandistas, o Pai Maior; aquele que retém em seu poder a força de todas as energias da natureza.


- GUIA DO ORIXÁ (força da natureza): É a guia que está ligada à faixa vibratória do médium . Representa a energia da natureza à qual o médium está diretamente afinado; esta vibração terá uma força especial em sua coroa.


- GUIA DAS ENTIDADES: São aquelas que seguem como padrão o pedido de uma energia superior, uma entidade de luz. Elas só poderão ser confeccionadas com autorização da casa e ou dos dirigentes.


Devemos ter o cuidado de fazer nossas guias exatamente como são pedidas. Elas têm fundamentos e serão utilizadas para fortalecimento dos médiuns e segurança nas rodas das quais participarão. Não podem ser utilizadas em nossa Umbanda apenas como adornos ou enfeites. Nossa religião prima pela humildade e não utiliza vaidade e nem ostentação em seus trabalhos espirituais de caridade.

A forma como a guia é solicitada pela entidade pode dizer muito sobre a linha de trabalho dela. Assim como o ponto riscado, as guias podem indicar muitos fundamentos e falar por si só.

Por exemplo:

a)              Foi autorizado ao médium confeccionar uma guia verde, com 7 flechas intercaladas e com fechamento de firma vermelho. O que vocês acham que essa guia está nos dizendo? Sabem ?


Vou explicar: Verde (Oxossi, caboclos, mata); 7 flechas (pode indicar o nome do Caboclo Sete flechas); Firma vermelha (que ele também trabalha na linha de Ogum). Bacana, né? Viu como agora começamos a entender os fundamentos das guias?


CORES DE GUIAS

Branca – Oxalá

Preta e Branca – Almas

Vermelha – Ogum

Verde – Oxossi

Cristal Transparente – Iemanjá

Amarela – Iansã

Azul Claro/Turquesa – Oxum

Lilás – Nanã

Preta e vermelha – Guardiões

Azul e Rosa – Ibejada

Marrom - Xangô


GUIA DE AÇO - Já, a guia de aço, é uma guia de proteção; um isolante que afasta o médium de cargas negativas tanto em uma roda espiritual como também na sua vida terrena. A guia de aço é a única permitida a ser utilizada pelos médiuns no seu dia a dia como forte amuleto de proteção, um verdadeiro patuá (para entender mais sobre patuás, vejam nossos estudos anteriores).


BRAJÁ - Feito de fios e búzios, é usado por sacerdotes e por aqueles que estão em processo de aprendizado para sacerdócio, a partir da abertura da feitura de 5 anos (utilização opcional). Símbolos de conhecimento. Na Umbanda, quando o médium atinge a maturidade espiritual é dado a ele o direito de usar O Brajá, com o significado de entrada no mundo do conhecimento. Seu uso não é fundamental e não faz parte dos rituais de Umbanda, apesar de ter sido incorporado por aquelas vertentes que ainda carregam em si fundamentos do Candomblé.

EBOMI – É feita com a semente do dendezeiro. Só é dada ao médium no fechamento dos seu 7 anos, ou seja, quando o mesmo se torna sacerdote religioso.


Como vimos até agora, as guias usadas servem como elo de ligação entre as forças da natureza e o campo energético do médium, bem  como filtro de energias entre o ambiente e o médium.

Ela reforça a intensidade da conexão do médium com o mundo espiritual do médium, melhorando a comunicação, a intuição e a transmissão energética nos trabalhos caritativos dos guias e mentores de uma roda espiritual de caridade.

Alguns fatos curiosos que podemos citar são:


a)   Guias atravessadas: normalmente são pedidas pelo dirigente ou guia chefe da casa quando há necessidade de uma linha vibratória diferente da linha diária do médium. Exemplo: O médium tem uma energia extremamente feminina em sua coroa e sua entidade carrega uma energia extremamente masculina - a guia é utilizada atravessada para uma questão de equilíbrio vibracional. Por exemplo: suponhamos que o médium possua uma coroa fortemente energizada pela vibração de Oxum (energia associada à feminilidade) e suas entidades usam energia fortemente concentrada em Omulu ou Ogum (que são vibrações vistas como masculinizadas). Atravessa-se a guia para a busca de equilíbrio vibracional. Ainda: Quando o médium tem muito forte em sua coroa a energia das matas, representativa de Oxossi e sua entidade trabalha muito voltada para as energias de Oxum. A guia também é atravessada para equilíbrio vibracional. (ATENÇÃO: nada está ligado à sexualidade individual. Estamos falando em força vibracional).


b)  Quando observamos algum médium em seu trabalho espiritual, utilizando uma guia enrolada no pulso, ele está simplesmente utilizando a guia como um condutor energético mais forte para limpeza do campo astral do consulente. Raramente esse tipo de recurso é utilizado por uma entidade. Salvo casos que requerem uma atuação mais rápida.


c)    Quando vamos ao banheiro devemos tirar as guias. Além de ser um sinal de respeito, o banheiro é um ambiente contraposto à pureza na qual devemos manter nossas guias de proteção. Essas impurezas podem afetar a linha vibracional que temos que preservar, afinal de contas, o ambiente terreno está repleto de impurezas tanto materiais quanto fluídicas, que podem se ligar ao filtro de proteção nesses ambientes.


d)  Quando estamos perto do fogão, devemos guardar nossas guias. Por vezes colocamos nossa proteção para dentro de nossas blusas, mais encostadas ao coração, não é mesmo? Fazemos isso para protegermos nossas guias do fogo pois, além de serem confeccionadas na maioria das vezes com náilon, que derrete, nossa guias são filtros energéticos que têm que ser preservados de outros tipos de energia que não sejam as de trabalho.


Nossas guias são pessoais e intransferíveis. Devendo ser confeccionadas, manipuladas e utilizadas somente pelo médium. Deve-se observar que cada individuo e cada ambiente possui um campo magnético e uma tônica vibracional própria e individual. Entretanto, a confecção das guias poderá ser feita por um outro irmão, principalmente o fechamento da guia, desde que ele esteja capacitado para tal importante missão. Este médium deverá ser escolhido pelo dirigente da casa ou guia chefe.


ATENÇÃO:

Lembrem-se: nossas guias  são nossas ferramentas na caridade espiritual. Devemos cuidar e respeitá-las. Elas são a nossa força e nossa fé. Elas são nosso escudo de amor e paz. Cada guia que usamos revela o que queremos, para que estamos aqui e o que pretendemos ao usá-la. Então irmãos, vamos cuidar sempre, de uma a uma, com muito amor, paciência e humildade.

Bem, meus queridos e amados irmãos, obrigado por mais um dia juntos nessa Seara de Umbanda. Que a Paz do Senhor esteja sempre em nossos corações e que A MISSÃO SE CUMPRA!!!!!!!!!!!

 Agradeço a Deus por ter me ajudado e me mostrado que nada é impossível quando queremos de verdade

domingo, 23 de abril de 2017

Sobre São Jorge aquilo que talvez voce não soubesse.:)
O dia de São Jorge é o dia de seu falecimento, 23 de Abril de 303, na Nicomédia. Seus restos mortais estão na Igreja de São Jorge, na Lídia, Israel.
- De acordo com a lenda, São Jorge nasceu no ano 275, na Capadócia, hoje território da Turquia. Ingressou no exército romano e, aos 23 anos, se tornou tribuno militar na Nicomédia. Ao ver que o imperador Diocleciano perseguia e matava os cristãos, passou a defendê-los. Por este motivo, foi torturado e degolado.
- São Jorge é um santo que, de certa forma, une diversas tradições cristãs ligadas ao catolicismo. Ele é um dos santos mais venerados na Igreja Católica Apostólica Romana, na Igreja Ortodoxa e na Igreja Anglicana.
- São Jorge é um dos catorze santos auxiliares do catolicismo. Os outros treze são: Santo Acácio, Santa Bárbara, São Brás, Santa Catarina de Alexandria, São Cristóvão, São Ciríaco, São Dênis, São Erasmo, Santo Eustáquio, Santo Egídio, Santa Margarida de Antioquia, São Pantaleão e São Vito.
- Países que celebram o Dia de São Jorge incluem Inglaterra, Canadá, Croácia, Portugal, Chipre, Grécia, Geórgia, Sérvia, Bulgária, Roménia, Bósnia e Herzegovina e República da Macedónia. Cidades incluem Moscou, na Rússia, Genova , na Itália, Ljubljana , na Eslovénia, Beirute , no Líbano, Qormi e Victoria em Malta e muitos outros. Ele também é comemorado na antiga Coroa de Aragão, na Espanha, Aragão , Catalunha , Valência e Maiorca .
A impressão xilogravura de St George
Dia de São Jorge é conhecida como a Festa de São Jorge por palestinos e é celebrada no Mosteiro de São Jorge , em al-Khader , perto de Belém . É também conhecido como Georgemas.
- A cruz de São Jorge foi adotada pelo rei Ricardo Coração de Leão, no século XII. Os soldados do rei utilizavam este símbolo em suas túnicas para evitar confusão em batalha.
- O Papa Paulo VI, em 1963, rebaixou São Jorge para santo menor de terceira categoria. Em 2000, o Papa João Paulo II restaurou a relevância do santo, que voltou a aparecer nos missais como santo patrono da Inglaterra.
- Para fugir da perseguição, os praticantes do candomblé associavam um orixá a um santo católico. Desta forma, Ogum, o deus guerreiro, é associado a São Jorge.
- São Jorge é o padroeiro da Catalunha. Uma lenda regional diz que, após matar o dragão, ele deu à princesa uma rosa vermelha. Assim, no dia 23 de abril, especialmente em Barcelona, é comum que o homem dê à sua esposa ou namorada uma rosa vermelha.
- De acordo com tradição que surgiu apenas em meados do século XII, São Jorge matou um dragão. O dragão simboliza a idolatria destruída com as armas da fé cristã. Diz a tradição que as manchas na lua representam o milagroso santo e sua espada pronto para defender aqueles que buscam sua ajuda.
- A representação de São Jorge matando o dragão pode ter origem na mitologia nórdica, pela figura de Sigurd, o caçador de dragões.
- William Shakespeare nasceu e morreu no dia de São Jorge. Nasceu em 23 de abril de 1564 e morreu em 23 de abril de 1616.
- São Jorge é sincretizado também com o Orixá Ogum na Umbanda, São Jorge representa a vitoria sobre o mal que existe na alma de todos os seres, males como o egoísmo, medo e tantos outros, que deverão ser derrotados pelo guerreiro que existe dentro de nós.
- No Brasil, São Jorge também é padroeiro dos escoteiros, da cavalaria do exército. As tatuagens associadas a este santo estão entre as mais populares no país. No Rio de Janeiro, a data da morte do santo se tornou feriado devido à grande quantidade de devotos.
- Na música nacional, São Jorge já foi homenageado em canções por Jorge Ben, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Fernanda Abreu, Racionais MC’s, Zeca Pagodinho e pela banda Angra. Na música internacional, a banda Iron Maiden fala do santo na música “Flash of Blade”, no álbum Powerslave.


23 de Abril-Dia de São Jorge

Dia 23 de abril nós comemoramos o dia de São Jorge, e em outros lugares, no dia 3 de novembro.
            Mas, espera aí! Porque as pessoas também cultuam Ogum neste dia?
èOgum ou Ògún - Orixá da Guerra
            É muito comum encontrar uma imagem de São Jorge em casas de umbanda, e até mesmo em casas de candomblé, não é verdade? Mas, porque isso? O que São Jorge tem haver com Ogum? O que é o Sincretismo Religioso no Brasil?

            As Respostas não são muito complexas. Vamos analisar...

            São Jorge é um santo católico. Ogum é um deus africano. São Jorge é um guerreiro. Ogum também é um guerreiro.

            São Jorge é um santo que supostamente nasceu na região da Capadócia e viveu como um padre e militar romano do exército do imperador Diocleciano. Ogum, nada tem haver com essa história.

            Mas, acontece que, na chegada dos escravos africanos ao Brasil, com eles vieram tradições, incluindo suas crenças. O povo trazido da Nigéria, mais conhecido como Iorubas, tinham como deuses os Orixás, e Ogum era um desses Orixás. Era venerado pelos escravos como o Deus da Guerra, pois seu nome significa “Senhor da Guerra” podendo variar para “Ologum”.

            Os europeus, cristãos colocavam regras para os escravos, e com isso, eles tinham que fazer o que era mandado. E paralelo a todos esses acontecimentos, os escravos foram proibidos de cultuar seus Orixás, pois, na visão do cristianismo, eles eram pagãos e estavam adorando a deuses inexistentes ou mundanos, ou até mesmo diabólicos, quando na verdade não.

èEste é São Jorge
Surgiu então a “Literatura dos Jesuítas” que tinha como principal finalidade, a catequização, a conversão dos escravos para religião cristã. Porém, os escravos continuavam a cultuar seus Orixás, só que de forma escondida. Eles fingiam cultuar os santos católicos, quando na verdade, em idioma Ioruba, eles cultuavam seus deuses de tradição.

Passaram então a estabelecer semelhanças entre os Orixás e os santos católicos para enganar os europeus, como, por exemplo:

·                          Santa Bárbara – santa católica dos raios e trovões com Iansã – o orixá dos raios, ventos e trovoes.
·                          São Jorge – santo católico da guerra com Ogum – Orixá guerreiro.


E assim aconteceu com os demais Orixás. Os africanos passaram a cultuar os Orixás de forma escondida, dando origem então, ao fato histórico conhecido como “Sincretismo Religioso no Brasil”.

            Hoje em dia é possível ver imagens católicas em casas de cultos de descendência africana, devido à história do Brasil. Devido o sincretismo.

            Então, é válido ressaltar que Ogum não é a mesma coisa que São Jorge. É só uma questão de tradição!

            Muito axé para todos.





sexta-feira, 3 de março de 2017

Os Baianos na Umbanda:

De um modo geral, os baianos são tidos como pessoas alegres e teimosas em afirmar sua identidade cultural. Os baianos da Umbanda, entretanto, pouco presentes na literatura científica, são guias que mesclam características da direita e da esquerda, nas giras ele se apresenta com forte traço regionalista, principalmente em seu modo de falar cantado, diferente, eles são “do tipo que não levam desaforo pra casa”, possuem uma capacidade de ouvir e aconselhar, conversando bastante, falando baixo e mansamente, são carinhosos e passam segurança ao consulente que tem fé.

Os baianos, trabalhadores da Umbanda, pertencem à chamada Linha das Almas, a mesma dos Pretos Velhos. É uma linha que traz uma mensagem de conforto, por estar mais próxima do nosso tempo. São os Espíritos responsáveis pela “esperteza” do homem em sua jornada terrena. No desenvolvimento de suas giras, os baianos trazem como mensagem a forma e o saber lidar com as adversidades de nosso dia-a-dia, com a alegria, a flexibilidade, a magia e a brincadeira sadia.

A Umbanda caracterizou-se por cultuar figuras nacionais associadas à natureza, à marginalidade, à condição subalterna em relação ao padrão branco ocidental. O nordestino é o “subalterno” da metrópole, o tipo social “inferior” e “atrasado”, e por isso é ridicularizado, mas também de admiração, pois igualmente representa aquele que resiste firmemente diante das adversidades.

O Baiano representa a força do fragilizado, o que sofreu e aprendeu na "escola da vida" e, portanto, pode ajudar as pessoas. O reconhecido caráter de bravura e irreverência do nordestino migrante parece ser responsável pelo fato de os baianos terem se tornado uma entidade de grande frequência e importância nas giras paulistas e de todo o país, nos últimos anos.

Muitos dos baianos são descendentes de escravos que trabalharam no canavial e no engenho. Os baianos têm um conhecimento muito grande das ervas e do axé. Falam com sotaque arrastado, igual ao povo que ainda mora na Bahia.

A Linha dos Baianos é formada por Espíritos alegres, brincalhões e descontraídos. Gostam muito de desmanchar demandas. São conselheiros e orientadores e gostam muito dos rituais em que trabalham, girando e dançando com passos próprios.

A gira de Baianos nada mais é do que a alegria de um povo que foi e é sofrido, mas que não perde a esperança por possuir uma fé inabalável e uma experiência em lidar com problemas que fazem os nossos parecerem brincadeira. Agradecem às festas que lhe são oferecidas; bebem batidas de coco e comem comidas típicas da cozinha baiana.

O Povo Baiano vem trazer sua energia positiva, portanto sua gira é sempre muito animada. São Entidades que têm muito a nos ensinar, sempre com uma resposta certeira e rápida para nossas questões. Com seus cocos, azeite de dendê, comidas e cantigas típicas da região, realizam trabalhos em prol da evolução espiritual de todos. Por terem vivido em épocas mais recentes, são Espíritos mais próximos de nós. Estamos sempre aprendendo com os Baianos, com a sua força de viver frente aos problemas e situações cotidianas e o amparo ao próximo, transformando a tristeza em alegria e esperança.

Na Linha de Baianos, enquadram-se também os Espíritos de Marinheiros, que tem sua ligação com o mar e Iemanjá, e os Caboclos Boiadeiros, que foram trabalhadores do Sertão Nordestino. As Linhas de Baianos, assim como as de Boiadeiros, são consideradas Auxiliares, de Trabalho ou Do Meio, com suas Legiões e Falanges. São oriundas de manifestações de regiões brasileiras dentro da Linha de Caboclos.

Durante as giras sempre dão demonstrações de intensa alegria, apresentando fortes traços regionais, usando chapéus de couro ou palha, lembrando os Cangaceiros. Com seu jeito valente, não levam desaforo para casa. Por outro lado, possuem também características de pacientes, e todos gostam de ouvir seus conselhos. Costumam ser também carinhosos, e passam sempre segurança.

É comum presenciarmos estas magníficas entidades desviarem assuntos relacionados a trabalho, dinheiro, ou qualquer outro problema para perguntar sobre as coisas do coração. Impressiona como normalmente estes problemas existiam e era o que realmente estava atrapalhando. Sanado estes problemas de relacionamento, os demais acabam como que por mágica.

Dependendo da forma de trabalho do chefe da casa e de seus médiuns, diferenças de comportamento podem ser observadas, em alguns lugares, os baianos se apresentam com características mais duras, em que parecem ser mais briguentos e falam muito alto, em outros, sua incorporação é mais mansa e a Entidade manipula essências aromáticas, ervas, flores e velas coloridas. Apesar das diferenças, todos têm em comum a popularidade. São muito queridos e fazem sucesso em realidades sociais distintas. Desprendida, sem complicações, um alto astral e uma vontade imensa de resolver as "coisas do coração", verdadeiro obstáculo do ser humano. Porque é nas coisas do coração que se encontram as soluções para todos os outros problemas.

Os Baianos apresentam um comportamento comedido, não xingam, nem provocam ninguém, não sendo enfim zombeteiros. Os trabalhos com a corrente dos Baianos, nos trás muita paz, nos passando perseverança, para vencermos as dificuldades de nossa jornada terrena. Como encarar a vida e seus problemas com entusiasmo e alegria? Pergunte a uma Entidade da Gira de Baianos. Sem a menor dúvida, a gira mais festiva e alegre da Umbanda.

Características dos Baianos na Umbanda:

Comidas: Coco, cocada, farofa com carne seca etc.

Bebidas: Água de coco, cachaça, batida de coco etc.

Fumam: Cigarro de palha, fumo de rolo etc.

Trabalham: Desmanchando trabalhos de magia negra, dando passes, etc,. São portadores de fortes orações e rezas. Alguns trabalham benzendo com água e dendê.

Cor: laranja ou qual for definida pela entidade

Apresentação: Usam chapéu de palha ou de couro e falam com sotaque característico nordestino. Geralmente usam roupas de couro.

Nomes De Alguns Baianos: Severino, Zé Do Coco, Sete Ponteiros, Zé Baiano, Zé Do Berimbau, Maria Do Alto Do Morro, Zé Do Trilho Verde, Maria Bonita, Gentilero, Maria Do Balaio, Maria Baiana, Maria Dos Remédios, Zé Do Prado, Chiquinho Cangaceiro, Zé Pelintra (que trabalham também na Linha de Jurema, Linha de Malandros e Pretos Velhos).

É da Bahia, Meu Pai!
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