sexta-feira, 19 de junho de 2015

A Busca da Inconsciência
Acredito que hoje a incorporação com inconsciência ou semiconsciência é algo que se conquista com o tempo e, também, que todos têm a possibilidade de atingir este nível de mediunidade. Claro que a consciência, assim como a semiconsciência, são oportunidades únicas e divinas que temos para aprender o que é compaixão e para exercer a nossa real reforma íntima.
No entanto a inconsciência parece ser o “sonho de consumo” para muito médium e para eles nada melhor do que o tempo.
Mas por que o tempo?
Porque com o tempo aprendemos a entender o plano astral e a confiar na Espiritualidade e nos Guias Espirituais que nos sustentam, mas, principalmente, aprendemos a amar.
Entender o plano astral é fundamental e quando isso não acontece bloqueamos as informações do próprio astral.
O fato é que se não conhecemos, por exemplo, as ações maléficas de um egum não as reconheceremos o nível energético ou espiritual e, com certeza, as ações do Guia, assim como a comunicação dele conosco, será muito difícil e duvidosa, pois a insegurança e o medo serão alimentados pela nossa falta de conhecimento.
Também é fundamental confiar nos Guias Espirituais e para isso é importante conhecê-los.
É importante saber quais são suas afinidades com as ervas ou com as pedras, seus pontos de força, suas vestimentas, suas armas e seus símbolos astrais.
Conhecer suas formas de trabalho como, por exemplo, se são curadores, demandadores ou doutrinadores, assim como saber se a nossa ligação com este Guia é cármica, missionária, temporária (com a finalidade de aprendizado para ambos) ou se Ele é nosso protetor.
E por aí vai! São informações simples, mas que fazem toda a diferença, pois servem para que se criem laços “de baixo para cima”, afinal os laços de cima para baixo já existem, além de facilitar muito todo o trabalho espiritual e a própria incorporação.
A partir daí o medo e a insegurança começam a diminuir e, com certeza, as coisas ficam muito mais simples. Uma frase que sempre digo é que “não se pode amar aquilo que não se conhece” e a Umbanda, assim como os queridos Guias Espirituais, necessitam de nosso amor. Um amor de alma, que se manifesta na hora de alegria, mas, principalmente, na hora da dor.
Quando falamos em amar falamos em não julgar.
Aí está à verdadeira manifestação do ser como “instrumento”, manifestação essa tão solicitada pelos Guias Espirituais e que muitas vezes somos testados pelo próprio plano astral. Um bom exemplo disso é quando ouvimos dos consulentes erros idênticos àqueles que convivemos ou combatemos em nosso dia a dia junto à nossa família, nossos amigos ou conosco mesmo. Nesse momento somente um verdadeiro instrumento de Deus. Ou seja, um médium confiante na espiritualidade e com amor incondicional para realizar uma boa consulta junto com o Guia, sem julgar ou interferir.
Claro que podemos acelerar esse tempo e para isso temos duas necessidades:
Primeiro a de estudar a doutrina Umbandista e segundo a de exercitar aquilo que conscientemente ouvimos dos Guias Espirituais de Luz.
Necessidades essas que, na verdade, representam todo um processo de Fé, Amor, Compaixão e Caridade e que devem ser exercitadas por todos os Umbandistas incondicionalmente.
Aos que galgam a inconsciência para terem Fé, para se esconderem atrás dela se isentando de suas responsabilidades ou para fazerem dela suas muletas de ego e vaidade, saibam que é muito mais honroso à realização de um bom trabalho no limite da consciência ou semiconsciência do que uma manifestação grandiosa, mas inconsciente.

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