sábado, 30 de novembro de 2013

O que é alma 

Se você se beliscar poderá sentir que está vivo. Se alguém lhe chamar aos gritos, você certamente irá atender ao chamado. Seus sentidos lhe orientam como reagir a cada ato que ocorre em sua vida. Mas quando alguém a quem você ama muito lhe magoa ou lhe ofende, que sentido você usa para expressar o que sente, além das lágrimas que escorrem em sua face?

Sua alma!

Uma alma é Energia Divina; é existência além da matéria. É a parte de você que existe além da matéria, além de seu corpo e de seus cinco sentidos. Não pode ser vista. A alma é para o corpo aquilo que o astronauta é para a roupa espacial; funciona como uma bateria, dando vida e animação. Tire o astronauta da roupa, e esta será basicamente inútil. Tire a alma do corpo, e o corpo basicamente desmorona. (Isso é a morte - a separação entre corpo e alma).

É impossível dar uma definição concreta da alma, pois a alma não é uma entidade concreta mas abstrata. Não é matéria - é energia - mas também não é energia física. É energia Divina, um pedacinho de D'us dentro de você.

A pessoa teria de na verdade fazer calar os sentidos para sentir a alma. Se você fosse cego, surdo, mudo, sem nariz e com o tato insensível, ainda estaria vivo dentro de si mesmo. Mas que parte de você ainda está viva? Eis o que é a alma.


Você tem um corpo? Se respondeu "sim", quem é este "eu" que tem um corpo? Não poderia ser o corpo - não se pode dizer que o corpo tem um corpo. Então, isso é o que chamamos de alma



Mas como sabemos que temos uma alma? Basta me acompanhar no simples raciocínio: Você tem um corpo? Se respondeu "sim", diga-me: Quem é este "eu" que tem um corpo? Não poderia ser o corpo - não se pode dizer que o corpo tem um corpo. Então, isso é o que chamamos de alma. De forma mais abrangente, somos um composto de alma e corpo. Isso explica porque somos tão confusos, certo?

Mas como devemos expressar nossa alma? É fácil, basta seguir algumas instruções:

1. Torne-se espiritual

A espiritualidade é para sua alma aquilo que o alimento é para o corpo. Antes que você possa expressar sua alma, deve nutri-la. Um homem faminto não pode ganhar uma corrida, e uma alma faminta não pode expressar-se. Para alimentar sua alma, dê-lhe espiritualidade. Faça atividades espirituais.

2. Estude Torá

Nada é mais poderoso e nutritivo para a alma que o estudo de Torá. Quando você estuda Torá, está lendo a mente de D'us. Sua alma eleva-se, fortalecendo-se com grandes pedaços de energia espiritual, que pode usar para realizar outras coisas espirituais.

3. O que são "coisas espirituais?"

São outras coisas boas e positivas que não têm resultado físico e tangível - são espirituais, portanto você não pode ver com seus olhos físicos. Por exemplo, imergir na prece ou cumprir qualquer mitsvá (preceito da Torá) é uma coisa espiritual. E atos de amor e bondade, embora sejam coisas espirituais, têm ainda o benefício de um resultado tangível, físico - um relacionamento aperfeiçoado ou uma pessoa grata por receber sua ajuda.

Rabino Simon Jacobson explica a alma desta forma:

"Uma alma é nossa identidade interior, nossa razão de ser. A alma da música é a visão do compositor que energisa e dá vida às notas tocadas em uma composição musical.

"Cada Alma é a expressão da intenção e visão de D'us ao criar aquele ser em especial. Cada um de nós é uma nota musical única, numa grande composição cósmica. É nossa obrigação descobrir nossa alma e tocar sua música singular."

Então, o que está esperando? Entre já em sintonia. Afine-se... refinando sua alma a cada dia!

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

10 outubro, 2013
CATEGORIA FILOSOFIARITUAIS
A mediunidade, é sabido, trata-se da capacidade dos indivíduos interagirem com outras realidades. Não é o corpo que traz mediunidade e sim o espírito humano, de modo que a mesma se manifesta também nas realidades espirituais; não é algo apenas para os encarnados.
No entanto, aqui nossa reflexão se dá especificamente no questionamento sobre: quais desdobramentos positivos o exercício mediúnico oferece ao indivíduo?
Sei que esta questão proporciona infinitas respostas. Entretanto, no meio umbandista cabe observações bem críticas sobre o que se pensa, se ensina e se reproduz neste campo.
Dia desses, ministrando uma aula de Formação Mediúnica, lembrei-me de alguns absurdos que ouvia no meu início na religião. Certa vez, ouvindo duas senhoras dialogando sobre suas vivências mediúnicas, comentaram que não gostavam de trabalhar com Preto Velho. Me assustei com tal afirmativa, pois me parecia inusitado que alguém fizesse este tipo de alegação; eu, muito curioso e ainda sem nada entender sobre estes assuntos, questionei o porquê desta objeção e uma delas lamentou:
– É que meu nego véio morreu com envenenamento na perna e sempre que ele vem eu sinto muitas dores na perna e só no dia seguinte passa a dor…
Elas continuaram nesta linha de afirmações e é claro que me assustei; deveria este tipo de “ensinamento” no mínimo me afastar desta nova religião, mas, ao mesmo tempo, achei incrível que alguém tivesse tantas sensações físicas e era uma pena que fosse dor; eu só sentia vibrações, achava o máximo esta experiência e isso bastava.
Claro que mais tarde eu descobriria que estas ideias são equivocadas, não se fundamentam na prática mediúnica saudável e certamente são reflexos da incultura sobre mediunidade ainda muito presente na Umbanda.
Vamos nos desprender deste apego fenomênico, fantasias e inutilidades conceituais e olhar mais atentamente sobre a rica experiência mediúnica que a Umbanda proporciona.
No momento da incorporação, o médium se encontra num estado alterado de consciência, ou melhor, estado mediúnico de consciência, ou seja: suas ideias e pensamentos normalmente não são mais seus, ao menos não em sua totalidade. A mente do médium é sobreposta por outra consciência, transcendente, normalmente superconsciente e conduzirá o médium para um desdobramento percepcional profundo, intenso e pontual. Pois a cada nova conexão/incorporação uma nova proposta lhe é oferecida. E este desdobramento é um olhar para si, ainda que esteja presente neste momento uma ponte, o consulente, pois é no objetivo de interagir com os consulentes que vem em busca de uma ajuda qualquer que estamos sempre diante pontes para nos acessarmos, pois o acaso é pouco provável e todos nós somos semelhantes também em nossos desafios, problemas e dificuldades.
Se o caso de um consulente é o desemprego, este é apenas o resultado da consequência, não é isso que cabe aos Guias ou mesmo ao médium observar; não se trata de oferecer simpatias, receitinhas de “como arrumar um novo emprego”, até porque todo mundo sabe, visite RHs, simples assim. Mas, a questão é atentar-se aos desequilíbrios que dificultaram o envolvimento do indivíduo dentro da estrutura de trabalho que outrora estava envolvido e que provavelmente configura a paralisia neste processo, ou seja: o desemprego que por si só potencializa outros desajustes e desequilíbrios.
Vivemos num mundo doente, uma sociedade doente, uma cultura doente, desequilibrada, desajustada e é neste contexto atual que vemos cada vez mais médiuns surgindo, milhares de pessoas diariamente descobrindo-se médiuns. Há, portanto, uma proposta.
Esta condução do “olhar para si”, promovido por outras consciências sobrepostas à sua é a manifestação do amor que existe numa grande teia relacional à qual cada um de nós estamos emaranhados e que envolvem encarnados e desencarnados. A isto denomino “cidadania espiritual”, mas já é outro assunto. Portanto, o exercício mediúnico é a constante e preciosa oportunidade para um despertar consciencial, pois estamos imersos num oceano de ilusões e desarranjos; logo, desenvolver autonomia, personalidade e pertinência no mundo tem sido cada vez mais um grande desafio.
À medida que o indivíduo compreende esta questão, absorve a sabedoria dos espíritos/consciências que interagem na sua mediunidade, inicia-se também uma vivência de maturidade espiritual, pois ouvir a voz do outro é dar ouvido a sua voz interior, levar em consideração os conselhos e ensinamentos é oportunizar para si uma integração com o todo. O contrário disso é dissociação e solidão, portanto dor e sofrimento.
É aí que começamos a observar o fator terapêutico do exercício mediúnico. Não confunda com a ideia de tratamento, não é isso, terapia na vida moderna virou sinônimo de tratamento imediato. O fator terapêutico da mediunidade é a rotina proposta do olhar para si, mesmo que para isso você esteja olhando para o outro. É um constante libertar-se, é uma proposta de vida saudável à medida que você aplica no dia a dia a experiência manifestada no momento do transe ou do estado mediúnico de consciência. De modo que não cabe nesta vivência o apego ao fenomênico à superficialidade e ao ego.
Mergulhar rotineiramente noutras consciências e validar esta experiência na sua autonomia comportamental configura resultados poderosos e se você, médium, ainda não se considera prova destas afirmações é porque certamente tem deixado todas as positivas influências dos espíritos “subirem” com eles quando o transe acaba; você volta para sua casa e sua vida fora do templo como se nada estivesse lhe acontecendo.  Esta postura é nefasta e cedo ou tarde culminará num profundo vazio e o clássico questionamento: o que estou fazendo? Qual a utilidade disso? Estou no caminho certo?
Refletir, introspectar e se encontrar nestas conexões traz paz, serenidade e sensibilidade. Estas que são exigências mínimas para uma vida integrada com a natureza, com o seu meio. Sendo assim, nada é mais terapêutico, salutar e poderoso do que a mediunidade refletir na vida com resultados pacificadores.
Vivencie!
Saudações! Oxalá nos ilumine!

Publicado originalmente em: http://www.rodriqueiroz.blog.br

domingo, 24 de novembro de 2013


A AÇÃO DOS DEMÔNIOS NAS RELIGIÕES

Os demônios se reuniram nas zonas inferiores a fim de traçar seus planos de atuação contra as religiões.

O demônio chefe disse:

"Desde o primórdio dos tempos nós atuamos nas religiões, mas agora precisamos nos manter firmes nessa empreitada, pois a religião, caso seja transformada, tem o poder de mudar muitas coisas.

A primeira e principal ação a ser reforçada nas religiões é, como vocês já sabem, estimular o fundamentalismo, o fanatismo e o dogmatismo. Os fiéis de um credo, qualquer que seja ele, devem acreditar piamente que apenas a sua religião é verdadeira e que todas as outras são falsas.

Façam com que eles leiam os livros sagrados e os interpretem sempre ao pé da letra; façam com que eles não percebam a sabedoria oculta por detrás dos símbolos; deixe que eles acreditem que não há um significado simbólico nos ensinamentos, e que há apenas uma verdade literal, que deve ser conservada imutável a todo custo.

Tornem todos eles submetidos sempre a uma hierarquia sacerdotal, que deverá lançar as bases do que se deve acreditar e do que não se deve acreditar. Assim, ninguém poderá promover mudança numa religião, pois tudo emanará da cúpula sacerdotal.”

Façam também com que eles pensem que apenas alguns líderes têm o contato com Deus e que apenas eles podem servir de intermediários. Não permitam, em hipótese alguma, que os seres humanos descubram que eles não precisam de um intermediário entre o ser e o divino, e que a verdade pode ser alcançada pelo amor, pela sabedoria, pela compaixão e pela caridade.

Procurem extirpar completamente dos cultos o silêncio, a oração e a meditação. Façam os rituais e as reuniões religiosas parecerem cada vez mais um show, com gritarias, barulho, orações repetidas e sem alma.

Cuidem para que os líderes religiosos sejam adorados, que seu ego seja cultuado e que eles sejam encarados como semi-deuses na Terra. A personalidade dos líderes deve prevalecer sobre o conhecimento que eles propagam.

Algo muito importante, e que não pode faltar nas religiões: a ideia do medo e do pecado. Façam com que as religiões amedrontem as pessoas, com noções de céu e inferno, e influenciem-nas a acreditarem que, uma vez no erro, não há redenção possível nem possibilidade de corrigir suas faltas.

Não permitam, de modo algum, que surjam aqui e ali ideias de universalismo religioso, de ecumenismo e integração entre as várias crenças: as religiões devem competir umas com as outras pelos seus fiéis, e estes devem ser coagidos psicologicamente a permanecer toda a vida pertencentes a uma mesma denominação, sem nenhum questionamento.

Façam com que o amor pareça uma coisa piegas, sentimentalista e sonhadora; façam com que a compaixão seja confundida com fraqueza; que a humildade seja considerada submissão; estimulem os adeptos a julgarem outras pessoas em nome da fé, e a separarem totalmente a teoria da prática, ou seja, a não incorporarem em suas vidas os mais elevados princípios morais de sua religião.

Além de todas estas, há algumas ações menores, porém não menos importantes: façam os fiéis acomodados e anestesiados diante do mundo; façam os líderes religiosos controlar a vida dos membros; façam os fiéis debaterem sempre os mesmos temas e ficarem girando em círculos, sem saírem do lugar; estimulem ideias do tipo: ‘nós’ contra ‘eles’; façam com que eles se sintam pequenos e fracos diante do líder e da grandeza da religião; façam com que os membros se fechem mais dentro de si mesmos e se alienem do meio; promovam uma adoração desmedida da figura do mestre em detrimento do estudo e da prática dos seus ensinamentos originais.

Com essas medidas, as religiões continuarão servindo aos nossos propósitos.”

Autor: Hugo Lapa

Para receber as nossas mensagens clique em "curtir" na página Espiritualidade é amor
Acessa lá 
http://wwwisraelguaranykaiowa.blogspot.com.br/

A AÇÃO DOS DEMÔNIOS NAS RELIGIÕES

Os demônios se reuniram nas zonas inferiores a fim de traçar seus planos de atuação contra as religiões.

O demônio chefe disse:

"Desde o primórdio dos tempos nós atuamos nas religiões, mas agora precisamos nos manter firmes nessa empreitada, pois a religião, caso seja transformada, tem o poder de mudar muitas coisas. 

A primeira e principal ação a ser reforçada nas religiões é, como vocês já sabem, estimular o fundamentalismo, o fanatismo e o dogmatismo. Os fiéis de um credo, qualquer que seja ele, devem acreditar piamente que apenas a sua religião é verdadeira e que todas as outras são falsas. 

Façam com que eles leiam os livros sagrados e os interpretem sempre ao pé da letra; façam com que eles não percebam a sabedoria oculta por detrás dos símbolos; deixe que eles acreditem que não há um significado simbólico nos ensinamentos, e que há apenas uma verdade literal, que deve ser conservada imutável a todo custo. 

Tornem todos eles submetidos sempre a uma hierarquia sacerdotal, que deverá lançar as bases do que se deve acreditar e do que não se deve acreditar. Assim, ninguém poderá promover mudança numa religião, pois tudo emanará da cúpula sacerdotal.”

Façam também com que eles pensem que apenas alguns líderes têm o contato com Deus e que apenas eles podem servir de intermediários. Não permitam, em hipótese alguma, que os seres humanos descubram que eles não precisam de um intermediário entre o ser e o divino, e que a verdade pode ser alcançada pelo amor, pela sabedoria, pela compaixão e pela caridade. 

Procurem extirpar completamente dos cultos o silêncio, a oração e a meditação. Façam os rituais e as reuniões religiosas parecerem cada vez mais um show, com gritarias, barulho, orações repetidas e sem alma. 

Cuidem para que os líderes religiosos sejam adorados, que seu ego seja cultuado e que eles sejam encarados como semi-deuses na Terra. A personalidade dos líderes deve prevalecer sobre o conhecimento que eles propagam. 

Algo muito importante, e que não pode faltar nas religiões: a ideia do medo e do pecado. Façam com que as religiões amedrontem as pessoas, com noções de céu e inferno, e influenciem-nas a acreditarem que, uma vez no erro, não há redenção possível nem possibilidade de corrigir suas faltas. 

Não permitam, de modo algum, que surjam aqui e ali ideias de universalismo religioso, de ecumenismo e integração entre as várias crenças: as religiões devem competir umas com as outras pelos seus fiéis, e estes devem ser coagidos psicologicamente a permanecer toda a vida pertencentes a uma mesma denominação, sem nenhum questionamento. 

Façam com que o amor pareça uma coisa piegas, sentimentalista e sonhadora; façam com que a compaixão seja confundida com fraqueza; que a humildade seja considerada submissão; estimulem os adeptos a julgarem outras pessoas em nome da fé, e a separarem totalmente a teoria da prática, ou seja, a não incorporarem em suas vidas os mais elevados princípios morais de sua religião. 

Além de todas estas, há algumas ações menores, porém não menos importantes: façam os fiéis acomodados e anestesiados diante do mundo; façam os líderes religiosos controlar a vida dos membros; façam os fiéis debaterem sempre os mesmos temas e ficarem girando em círculos, sem saírem do lugar; estimulem ideias do tipo: ‘nós’ contra ‘eles’; façam com que eles se sintam pequenos e fracos diante do líder e da grandeza da religião; façam com que os membros se fechem mais dentro de si mesmos e se alienem do meio; promovam uma adoração desmedida da figura do mestre em detrimento do estudo e da prática dos seus ensinamentos originais. 

Com essas medidas, as religiões continuarão servindo aos nossos propósitos.”

Autor: Hugo Lapa 

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SURRA DOS GUIAS

Muitos são os mitos que surgem dentro da Umbanda e a “surra” dos Guias é um deles.
Infelizmente esse mito insiste em perdurar no meio umbandista.
Várias são as pessoas que nos procuram porque “alguém” disse que sua vida não está correndo bem (falta de trabalho, saúde, relacionamento, clientes, etc.) porque os Guias estão lhe dando uma surra pelos mais variados motivos: não fez sua obrigação, não desenvolveu sua mediunidade, etc.
Bom, vamos entender isso: os Guias de Lei da Umbanda, tanto os de Direita como os da Esquerda são espíritos altamente evoluídos, são espíritos de luz a serviço da Luz.
Possuem um grau de compreensão e conhecimento muito acima do nosso, por isso tem a missão de nos guiar, conduzir, nos ensinar, nos amparar e nos fortalecer para que possamos fazer nossa caminhada.
Isso quer dizer que ninguém pode caminhar e evoluir por nós.
Se essa não for a ação do “guia” que você esteja se aconselhando, preste atenção!
Muitas vezes, os Guias nos cobram atitudes e padrões de comportamento que deveríamos tomar para o nosso crescimento e desenvolvimento, e automaticamente para melhoria de nossa qualidade de vida. Pois muitas vezes nos acomodação a processos internos ou externos e estagnamos em nossa jornada.
Mas nunca um Guia irá criar problemas na vida de alguém que esteja querendo se melhorar, crescer, aprender e evoluir. Ele está lá para nos ajudar e nos orientar, não para decidir por nós e de forma nenhuma serem causadores de intrigas, confusões e discórdias.
Se essa não for a ação do espírito que você esteja se aconselhando, preste atenção!
Acontece que muitos médiuns por falta de conhecimento, vaidade, etc. … Se desvirtuam em seus padrões de comportamento, tanto espiritual como material. Com isso começam a negativar seu campo vibratório e mediúnico e começam a perder o amparo e a proteção espiritual dos Guias de luz. Não porque eles se afastam, mas sim por não conseguirem manter uma linha de ressonância e afinidade com seus tutelados.
Quando isso começa a acontecer os Guias muitas vezes nos chamam a luz da razão, nos alertando para o nosso comportamento. Mas se são ignorados, pois temos o direito livre de escolha, tentam nos mostrar de outras forma que nossas atitudes não são ou não estão coerentes.
Mas, se mesmo assim teimamos em não perceber, nos permitem ficar a mercê das consequências de nossas próprias ações.
Entendam, não são os Guias que se afastam de nós, somos nós que nos afastamos deles!
Com isso, podemos criar um linha de afinidade com espíritos negativos que se afinizam com nosso padrão espiritual, consciencial e energético.
Muitas vezes esses espíritos, se aproveitam da leviandade dos médiuns e se fazem passar por seus Guias, criando muitas vezes grandes confusões na vida tanto do próprio médium como daqueles que se “aconselham” com ele.
Porém isso nada mais são do que consequências de uma postura leviana.
A cada um suas obras, já dizia o Divino Mestre.
Sabemos que toda a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória.
Caso você esteja tendo algum problema de ordem espiritual ou mediúnica, procure ajuda e esclarecimento, mas saiba que a causa muitas vezes pode estar numa atitude que você insiste em não querer mudar.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Como identificar um kiumba incorporado


O que infelizmente observamos na mediunidade de muitos é a abertura para a atuação dos verdadeiros Kiumbas, se fazendo passar por Exus, Pombas Gira ou mesmo Guias Espirituais, trazendo desgraças na vida do médium e de todos que dele se acercam.

Notem bem, que um Kiumba, ser trevoso e inteligente, somente atuará na vida de alguém, se esta pessoa for concomitante com ele, em seus atos e em sua vida. Os afins se atraem.

O médium disciplinado, doutrinado e evangelizado, jamais será repasto vivo dessas entidades. Lembre-se que o astral superior é sabedor e permite esse tipo de atuação e vibração para que o médium acorde e reavalie seus erros, voltado à linha justa de seu equilíbrio e iniciação.

Como os Kiumbas são inteligentes, quando atuam sobre um médium, se fazendo passar por um Guardião, e imediatamente assumem um nome, que jamais será os mesmos dos Guardiões de Lei, pois são sabedores da gravidade do fato, pois quando assumirem um nome exotérico ou cabalístico iniciático de um verdadeiro Guardião, imediatamente e severamente serão punidos.

Por isso vemos, infelizmente, em muitos médiuns, esses irmãos do baixo astral incorporados, mas é fácil identificá-los. 

• Pelo modo de se portarem: são levianos, indecorosos, jocosos, pedantes, ignorantes, maledicentes, fofoqueiros e sem classe nenhuma;

• Quando incorporados: machões, com deformidades contundentes, carrancudos, sem educação, com esgares horrorosos e geralmente olhos esbugalhados. Muitos se portam com total falta de higiene, babando, rosnando, se arrastando pelo chão, comendo carnes cruas, pimentas, ingerindo grandes quantidades de bebidas alcoólicas, fumando feito um desesperado, ameaçando a tudo e a todos. Geralmente ficam com o peito desnudo (isso quando não tiram à roupa toda); utilizam imensos garfos pretos nas mãos.

• Geralmente, nos ambientes em que predominam a presença de Kiumbas, tudo é encenação, fantasia, fofoca, libertinagem, feitiçaria pra tudo, músicas (pontos) ensurdecedoras e desconexas, nos remetendo a estarmos presentes num grande banquete entre marginais e pessoas de moral duvidosa.

• Nesses ambientes, as consultas são exclusivamente efetuadas para casos amorosos, políticos, empregatícios, malandragem, castigar o vizinho, algum familiar, um ex-amigo, o patrão, etc. Os atendimentos são preferenciais, dando uma grande atenção aos marginais, traficantes, sonegadores, estelionatários, odiosos, invejosos, pedantes, malandros, alcoólatras, drogados, etc., sempre incentivando, e dando guarida a tais indivíduos, procedendo a fechamento de corpos, distribuindo “patuás e guias” a fim de protegê-los. Com certeza, neste ambiente estará um Kiumba como mentor.

• Certamente será um Kiumba, quando este pedir o nome de algum desafeto para formular alguma feitiçaria para derrubá-lo ou destruí-lo.

• Os Kiumbas costumam convencer as pessoas de que são portadoras de demandas, magias negras, feitiçarias, olhos gordos, invejas, etc. inexistentes, sempre dando nome aos bois, ou seja, identificando o feitor da magia negra, geralmente um inocente (parente, amigo, pai de santo, etc.) para que a pessoa fique com raiva ou ódio, e faça um contra feitiço, a fim de pretender atingir o inocente para derrubá-lo. Agindo assim, matam dois coelhos com uma cajadada só: afundam ainda mais o consulente incauto que irá criar uma condição de antipatia pelo pretenso feitor da magia, e pelo inocente que pretendem prejudicar.

• Os Kiumbas invariavelmente exigem rituais disparatados, e uma oferenda atrás da outra, todas regadas a muita carne crua, bebidas alcoólicas, sangue e outros materiais de baixo teor vibratório. Atentem bem, que sempre irão exigir tais oferendas constantemente, a fim de alimentarem suas sórdidas manipulações contra os da Luz, e sempre efetuadas nas ditas encruzilhadas de rua ou de cemitério, morada dos Kiumbas.

• Pelo modo de falarem: impróprio para qualquer ambiente (impropérios); É impressionante como alguém pode se permitir ouvir palavrões horrorosos, a guiza de estarem diante de uma pretensa entidade a trabalho da luz.

• Pelas vestimentas: são exuberantes, exigentes e sempre pedem dinheiro e jóias aos seus médiuns e consulentes.

• Os Kiumbas incitam a luxúria, incentivam às traições conjugais, as separações matrimonias e geralmente quando incorporados, gostam de terem como cambonos, alguém do sexo oposto do médium, geralmente mais novos e bonitos (imaginem o que advirá disso tudo).
• Os Kiumbas, nos atendimentos, gostam de se esfregarem nas pessoas, geralmente passando as mãos do médium pelo corpo todo do consulente, principalmente nas partes pudentas.

• Os Kiumbas incorporados conseguem convencer algumas consulentes, que devem fazer sexo com ele, a fim de se livrarem de possíveis magias negras que estão atrapalhando sua vida amorosa. E ainda tem gente que cai nessa.

• Se for uma Kiumba, mesmo incorporadas em homens, costumam alterar o modo de se portarem, fazendo com que o homem fique com trejeitos femininos e escrachados. Costumam também travestir o médium (homem) com roupas femininas com direito a maquiagem e bijuterias.

• Os Kiumbas atendem a qualquer tipo de pedido, o que um Guia Espiritual ou um Guardião de Lei jamais fariam. Ao contrário, eles bem orientariam o consulente ou o seu médium, da gravidade e das conseqüências do seu pedido infeliz.

• Os Kiumbas (e só os Kiumbas) adoram realizar trabalhos de amarração, convencendo todos de que tais trabalhos são necessários e que trarão a pessoa amada de volta (ledo engano quem assim pensa). Esquecem-se de que existe uma Lei Maior que a tudo vê e a tudo provê. Se fosse assim tão fácil “amarrar” alguém, certamente não existiriam tantos solteiros por este país afora.

• Os Kiumbas fazem de um tudo para acabar com um casamento, um namoro, uma família, incitando as fofocas, desuniões e magias negras.

• No caso de Kiumbas se passando por um Guia Espiritual ou mesmo um Guardião, geralmente utilizam de nomes exdrúluxos, indecorosos e horrorosos, remetendo a uma condição inferior .

CUIDADO COM OS NOMES USADOS!

Sempre que encontrarem algum espírito incorporado, dizendo-se ser um Guia Espiritual, um Guardião e utilizando algum nome esdrúxulo, que remete a inferioridade, à condição de baixa moral, tenha cuidado;

Com certeza é a presença de um Kiumba, ou é puro animismo do médium. 

É só observar. É simples verificar a presença de um Kiumba em algum médium. Tudo o que for desonesto, desamor, desunião, invigilância aos preceitos ensinados pelo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, personalismos, egocentrismo, egolatrias, sexo, falta de moral, etc., com certeza estará na presença de um Kiumba.

Cuidado meus irmãos. Não caiam nessa armadilha.

Quando um Kiumba se agarra vibratoriamente em um médium, dificilmente largarão aqueles que os alimentam com negatividade, dando-lhes guarida por afinidade.

Por: Ítalo Jr e Ronita
Retirado do blog: Espiritualizando com a Umbanda


domingo, 10 de novembro de 2013

O Manuscrito de Sobrevivência - Parte 368" - 09.11.2013

http://www.youtube.com/v/6Pgi8-UB85Q?version=3&autohide=1&attribution_tag=vUy0iDq1pkGLtF0fUm4eRQ&autohide=1&autoplay=1&showinfo=1&feature=share

sábado, 9 de novembro de 2013

Holisticocromocaio: EQUILÍBRIO E HARMONIA - Na Pratica como usar as En...

Holisticocromocaio: EQUILÍBRIO E HARMONIA - Na Pratica como usar as En...: Na Pratica como usar as Energias do Chakras?   Registros AKÁSHICOS sobre a Cura   Como posso usar os Chacras para me alinhar melhor c...

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

A linha de ação de trabalho dos Pretos Velhos

A figura de ex-escravos, de velhos “feiticeiros” negros, conhecedores de rezas e de encantamentos poderosos, capazes de realizar “milagres”, foi o arquétipo ideal para atrair milhares de espíritos para a Umbanda.
Espíritos de negros, amadurecidos no tempo e na vida do plano material, assumiram o grau de “Pretos-Velhos”, orientando e ensinando os reais valores da vida, simplicidade, humildade e caridade. Sabedoria, simplicidade, humildade, caridade, evolução, seriedade, paciência, calma e ponderação são qualidades, atributos que nos remetem ao mistério ancião – de velho, sábio e profundo conhecedor dos mistérios divinos – sustentado pelos orixás mais velhos: Pai Oxalá, Pai Obaluaiê, Pai Omolu e Mãe Nana Buruquê. Os Pretos-Velhos trazem esse mistério consigo, pois são espíritos elevadíssimos, bastante amadurecidos; são nossos irmãos mais velhos na senda evolutiva, que com sua experiência de vida alcançaram a sabedoria.
O arquétipo do ancião preto, nobre, poderoso, amoroso, humilde e sábio, ocultado por trás do jeito simples de falar, encantou e tornou imortal a figura carismática do Preto-Velho. Os Pretos-Velhos, ou linha das almas, atuam na irradiação de Pai Obaluaiê, de quem captam as irradiações, tornando-se também irradiadores delas, estabilizando e transmutando a vida de quem os consulta.
Preto-Velho, no ritual de Umbanda Sagrada, é um grau manifestador de um Mistério Divino. Nem todo preto-velho é preto ou velho. A forma como eles incorporam, curvados, expressa a qualidade telúrico-aquática de Pai Obaluaiê. O peso que parecem carregar não é fruto do cansaço, da idade avançada ou velhice, mas á a ação da qualidade estabilizadora terra, desse Orixá, diante da qual todos se curvam, se aquietam e evoluem calmamente.
Essas entidades manifestam-se sob a aparência de negros escravos, trazendo-nos o exemplo de humildade e simplicidade da alma. São espíritos elevadíssimos com vasto campo de atuação, encontrados nas Sete Linhas de Umbanda, pois trabalham a Evolução nos sete sentidos da vida dos seres. Trazem sempre palavras de fé, de esperança, de consolo e de perseverança, com sua sabedoria, paciência, paz e serenidade.
No arquétipo do amoroso Preto-Velho, esses espíritos estão sempre a nos ensinar que o perdão é sempre a melhor opção e que a caridade é o melhor caminho evolutivo. Eles não carregam mágoa, raiva ou ódio pelas humilhações, atrocidades e torturas que sofreram na carne.
São conselheiros pacientes, mostrando-nos a vida e seus caminhos. Com suas mirongas, banhos de ervas e outros elementos, exorcisam forças negativas, obsessesores e quiumbas, e, apoiados pelos Exus de Lei, desfazem trabalhos de magia negra.
Esse arquétipo é tão poderoso e forte que foi adotado por milhões de espíritos evoluidíssimos que se apresentam discretamente nos centros de Umbanda nessa linha de trabalho. O Preto-Velho sábio, humilde e caridoso simboliza a sabedoria dos velhos benzedores, a humildade daqueles que extraíram suas forças das condições cruéis que lhes foram impostas em vida. Com sabedoria e simplicidade, ensinam as pessoas para que entendam e encarem seus problemas cotidianos e busquem as melhores soluções. Eles aliviam o fardo dos consulentes, fazendo com que se fortaleçam espiritualmente.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

BOLSÃO KÁRMICO

O bolsão kármico é um fenômeno ainda um pouco desconhecido do espiritualismo, mas não menos real. Bolsão kármico pode ser definido como uma coletividade de espíritos ligados por laços de karma comuns. Estes são espíritos que participaram de catástrofes, tortura, mortes, carências ou qualquer circunstância de sofrimento em conjunto.

O bolsão kármico se inicia geralmente com um acontecimento marcante na vida destes espíritos que gera muito sofrimento. Essa dor fica impregnada em sua mente e no plano espiritual, após a morte coletiva, eles ficam vibrando ainda naquela sintonia do mal que lhes foi feito. Os espíritos presos a bolsões não conseguem se desprender daquela situação kármica, e por isso permanecem vibrando juntos, em contato uns aos com os outros naquela mesma frequência, e isso em algumas ocasiões pode se estender por milênios. Os bolsões são prisões espaço-temporais de coletividades de espíritos acorrentados em acontecimentos traumáticos passados. No livro “Energia e Espírito” de José Lacerda de Azevedo há uma série de casos de bolsões que foram tratados pelo autor com a técnica da Apometria.

Os bolsões estão quase sempre ligados a um encarnado. Isso ocorre por que alguns membros ligados a um bolsão específico podem estar encarnados, enquanto outros membros do bolsão estão desencarnados. Na maioria das vezes os bolsões são constituídos de espíritos que estão simultaneamente na Terra e no plano espiritual. Quando encontram-se no plano espiritual, estão quase sempre situados em zonas inferiores do astral. No caso dos encarnados, os espíritos que integram bolsões estão em ressonância com os desencarnados em planos mais densos, e por esse motivo, podem recepcionar as vibrações provenientes dos próprios bolsões e também da zona de consciência na qual o bolsão vibra. Uma pessoa pode estar ligado a um ou mais bolsões. Os bolsões podem vibrar em zonas mais ou menos inferiores, dependendo do karma que eles geraram.

Vamos dar alguns exemplos de bolsões para que fique mais clara a visualização deste tema:

Bolsões de guerra: São formados por espíritos vítimas ou algozes de uma ou mais guerras. Eles se ligam uns aos outros por uma sintonia de ódio e rancor contra seus algozes. Os algozes também estão conectados aos bolsões, e geralmente são o centro por meio do qual giram as conexões de ódio, ressentimento, mágoa, dor, instintos inferiores, etc. Neste caso, assim como em outros, é comum que os algozes estejam no centro dos bolsões, e recebam toda sorte de energias negativas de suas vítimas, conectadas a eles. É muito importante mencionar que os algozes dos bolsões podem ter sido vítimas de suas próprias vítimas em vidas passadas, e as vítimas podem ter sido algozes.

Bolsões de magia negra: Aqui se encontram todos os espíritos que foram prejudicados por trabalhos de magias de diversos tipos. Esses espíritos pedem vingança contra seus algozes, e vibram negativamente contra eles. É muito comum ocorrer que os espíritos vitimados pela goétia se tornem obsessores de encarnados nas vidas seguintes.

Bolsões de desastres coletivos: São bolsões formados a partir de mortes coletivas ou desastres. Esses espíritos podem ficar aprisionados no momento da tragédia e irradiar vibrações de raiva e rancor aos possíveis culpados pela tragédia. Como no universo não funciona o acaso, mas sim a lei de causa e efeito, os espíritos pertencentes a bolsões de desastres coletivos não foram apenas vítimas da catástrofe, há quase sempre uma razão para aquela tragédia ter ocorrido. Por outro lado, uma tragédia pode não ser necessariamente causada por um karma negativo, mas por que a missão daquele espírito se findou na Terra e ele precisa desencarnar.

Uma pessoa que entra em estado meditativo, que faz regressão a vidas passadas, toma alguma erva sagrada, ou realiza qualquer outra prática de estados alterados de consciência pode ter acesso ao bolsão ou bolsões a que pertence. Geralmente a pessoa fecha os olhos e observa vários rostos com aparências estranhas, hostis e por vezes animalizadas. O semblante pode irradiar sentimentos de ódio, vingança, aversão, ojeriza, rancor, tristeza extrema, etc. Por outro lado, nem toda aglomeração de espíritos está presa a bolsões kármicos. Há coletividades de espíritos elevados que mantém laços kármicos positivos, de amor e fraternidade.

É preciso dizer que os espíritos não ficam automaticamente presos aos bolsões. A causa da prisão é quase sempre um apego a situação traumática, alimentado por sentimentos como raiva, rancor, ressentimento, culpa, aversão, tristeza, etc. Um espírito pode viver todas estas e outras situações coletivas e não se prender a um bolsão, para tanto é necessário cultivar o perdão, o amor e a compreensão.

Autor: Hugo Lapa

domingo, 3 de novembro de 2013

O papa dos espíritas

Como o cientista francês Hippolyte Rivail se tornou, aos 53 anos, Allan Kardec, criador da doutrina espírita e fonte de inspiração do médium brasileiro Chico Xavier

Andres Vera
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TRANSFORMAÇÃO
Autor de cerca de 20 livros e membro de nove sociedades científicas, o professor 
Rivail era um descrente. Até que passou a frequentar reuniões de “mesas girantes” 
na França e adotou o nome que o tornou célebre como o criador do espiritismo
 
"A pessoa que estudar a fundo as ciências rirá dos ignorantes. Não mais crerá em fantasmas ou almas do outro mundo.” Era assim que o professor Hippolyte Léon Denizard Rivail, membro de nove sociedades científicas e autor de cerca de 20 livros sobre pedagogia na França do século XIX, resumia seu ceticismo. Intelectual respeitado, ele vivia em um universo no qual a ciência estava em ebulição, em meio a discussões sobre eletromagnetismo, motor a vapor e lâmpada incandescente. Apesar disso, tornou-se o criador da doutrina espírita tal qual ela está sistematizada hoje, que crê, entre outras coisas, na reencarnação e na comunicação entre vivos e mortos. É a história dessa transformação que está sendo contada no recém-lançado “Kardec, a Biografia” (ed. Record), do jornalista brasileiro Marcel Souto Maior. “Kardec precisou ir além da religião para criar uma doutrina inteira em apenas 13 anos”, diz o autor. De 1857, ano de sua conversão, aos 53 anos, a 1869, quando morreu de aneurisma cerebral, o francês já havia arrebatado sete milhões de seguidores no mundo.  Um número impressionante para um planeta com então 1,3 bilhão de habitantes e comunicação precária. Os créditos da velocidade recaem sobre o próprio. “Ele alcançou isso porque dava tratamento científico aos estudos e sabia divulgá-los”, afirma Souto Maior.
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PASSE 
Sessão num centro espírita brasileiro: religião baseada nos livros de Kardec
 
A aproximação do cientista com o espiritismo começou em 1855, quando um fenômeno agitava a França: as mesas “girantes”. Em reuniões fechadas ou salões públicos, participantes ditavam perguntas a mesas que se moviam, no que era identificado como um sinal de resposta, de mortos ilustres ou anônimos. Curioso, Rivail passou a frequentá-las em Paris. Procurava, antes, por cabos, roldanas e fios. “Estamos longe de conhecer todos os agentes ocultos da natureza”, escreveu. Convencido da boa-fé de alguns grupos, ele passou a crer. Tempos depois, um espírito contou que o conhecera na época do imperador romano Júlio César, em 58 a.C. Na época, Rivail chamava-se Allan Kardec – daí a mudança de nome. Os primeiros registros do professor sobre o espiritismo viraram “O Livro dos Espíritos” (1857). Ele assinaria também outras quatro obras básicas, a fundação da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas e a publicação mensal, ao longo de 12 anos, de uma revista – tornando-se, assim, o grande codificador da doutrina. Mas Kardec também presidia sessões espíritas e nelas presenciou, por exemplo, uma jovem de 12 anos receber, de lápis em punho, as palavras de Luís IX, rei da França morto seis séculos antes. Em outra concorrida reunião, o missionário e uma plateia embasbacada testemunharam um médium receber – e executar – uma partitura atribuída a Mozart.
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Para confeccionar sua obra, Souto Maior percorreu as bibliotecas de Paris em busca de material sobre o “papa dos espíritas”. Jornais de época mostram, por exemplo, a briga entre o criador do espiritismo e a Igreja Católica. Em 1861, em um episódio conhecido como “Auto de Fé de Barcelona”, foram queimados 300 livros espíritas na cidade espanhola. Entre eles estavam “O Livro dos Espíritos” e a tal sonata de Mozart. “Kardec era político”, diz Souto Maior. “Depois das brigas, ele media as palavras com a Igreja e sabia que isso traria publicidade.” A perseguição ao espiritismo não poupava o francês, médiuns admirados por ele ou mesmo seguidores novatos. Em 1865, dois jovens de Nova York voaram a Paris para mostrar “toques espontâneos de instrumentos musicais e transporte de objetos no ar.” Durante a exibição, um espectador invadiu o palco e revelou à plateia o truque: tábuas soltas e uma passagem secreta. A imprensa transformou o episódio em piada. Kardec se defendeu. Disse que o embuste não atingia a verdadeira ciência espírita, devota à evolução do ser humano. “Fora da caridade não há salvação”, escreveu. Insistentemente perseguido, começou a demonstrar sinais de exaustão e teve um problema cardíaco. “Daí em diante foi uma contagem regressiva até sua morte”, diz Souto Maior. Em seu túmulo, no Cemitério Père-Lachaise, em Paris, há hoje mais mensagens em português do que em francês. Por quê?
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A resposta está tanto no espiritismo como no povo brasileiro. Entre 2000 e 2010, o número de espíritas no País cresceu 65%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O espiritismo tem 3,8 milhões de fiéis autodeclarados, segundo o IBGE, e 30 milhões de simpatizantes, segundo a Federação Espírita Brasileira. “Nossa população aceita muito bem a ideia de vida após a morte”, diz Geraldo Campetti, vice-presidente da Federação Espírita Brasileira. Há um consenso entre biógrafos céticos, estudiosos da religião ou espíritas devotos: o kardecismo é praticamente uma criação brasileira. Três fatores ajudaram a disseminação da doutrina: o sincretismo brasileiro, que facilita a convivência entre crenças, a proximidade entre espiritismo e cristianismo e, por último, um certo médium de Uberaba, em Minas Gerais. “A repercussão alcançada por Chico Xavier é o maior fator da expansão dos espíritas no País”, diz o sociólogo Reginaldo Prandi, professor da Universidade de São Paulo (USP) e autor do livro “Os mortos e os vivos”. O espiritismo chegou ao Brasil em 1860 e ganhou relevância com Bezerra de Menezes, médico e político que, além de expoente da doutrina, traduziu obras de Kardec para o português. Mas coube a Chico Xavier, falecido em 2002, o fenômeno da explosão da doutrina a partir da década de 1970. O mineiro ostenta mais de 450 livros publicados. Sua biografia “As Vidas de Chico Xavier”, escrita pelo mesmo Marcel Souto Maior, vendeu mais de um milhão de exemplares e chegou ao cinema com direção de Daniel Filho. Fez 3,4 milhões de espectadores.
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MESTRE 
O médium Chico Xavier, morto em 2002, 
grande difusor do espiritismo no País
Souto Maior diz que o roteiro cinematográfico da história de Rivail-Kardec já foi finalizado. “O filme deve ficar pronto no ano que vem.” Discípulo fiel do kardecismo, Chico Xavier costumava recomendar a todos as palavras de Kardec. Se o conselho valer para a nova biografia e o futuro filme, a história de Hippolite Rivail deve manter o fenômeno de público.
foto: Arquivo/ag. O Globo
Fontes: IBGE e Federação Espírita Brasileira
fotos: ROBERTO CASTRO/AG. ISTOÉ