A AÇÃO DOS DEMÔNIOS NAS RELIGIÕES
Os demônios se reuniram nas zonas inferiores a fim de traçar seus planos de atuação contra as religiões.
O demônio chefe disse:
"Desde o primórdio dos tempos nós atuamos nas religiões, mas agora precisamos nos manter firmes nessa empreitada, pois a religião, caso seja transformada, tem o poder de mudar muitas coisas.
A primeira e principal ação a ser reforçada nas religiões é, como vocês já sabem, estimular o fundamentalismo, o fanatismo e o dogmatismo. Os fiéis de um credo, qualquer que seja ele, devem acreditar piamente que apenas a sua religião é verdadeira e que todas as outras são falsas.
Façam com que eles leiam os livros sagrados e os interpretem sempre ao pé da letra; façam com que eles não percebam a sabedoria oculta por detrás dos símbolos; deixe que eles acreditem que não há um significado simbólico nos ensinamentos, e que há apenas uma verdade literal, que deve ser conservada imutável a todo custo.
Tornem todos eles submetidos sempre a uma hierarquia sacerdotal, que deverá lançar as bases do que se deve acreditar e do que não se deve acreditar. Assim, ninguém poderá promover mudança numa religião, pois tudo emanará da cúpula sacerdotal.”
Façam também com que eles pensem que apenas alguns líderes têm o contato com Deus e que apenas eles podem servir de intermediários. Não permitam, em hipótese alguma, que os seres humanos descubram que eles não precisam de um intermediário entre o ser e o divino, e que a verdade pode ser alcançada pelo amor, pela sabedoria, pela compaixão e pela caridade.
Procurem extirpar completamente dos cultos o silêncio, a oração e a meditação. Façam os rituais e as reuniões religiosas parecerem cada vez mais um show, com gritarias, barulho, orações repetidas e sem alma.
Cuidem para que os líderes religiosos sejam adorados, que seu ego seja cultuado e que eles sejam encarados como semi-deuses na Terra. A personalidade dos líderes deve prevalecer sobre o conhecimento que eles propagam.
Algo muito importante, e que não pode faltar nas religiões: a ideia do medo e do pecado. Façam com que as religiões amedrontem as pessoas, com noções de céu e inferno, e influenciem-nas a acreditarem que, uma vez no erro, não há redenção possível nem possibilidade de corrigir suas faltas.
Não permitam, de modo algum, que surjam aqui e ali ideias de universalismo religioso, de ecumenismo e integração entre as várias crenças: as religiões devem competir umas com as outras pelos seus fiéis, e estes devem ser coagidos psicologicamente a permanecer toda a vida pertencentes a uma mesma denominação, sem nenhum questionamento.
Façam com que o amor pareça uma coisa piegas, sentimentalista e sonhadora; façam com que a compaixão seja confundida com fraqueza; que a humildade seja considerada submissão; estimulem os adeptos a julgarem outras pessoas em nome da fé, e a separarem totalmente a teoria da prática, ou seja, a não incorporarem em suas vidas os mais elevados princípios morais de sua religião.
Além de todas estas, há algumas ações menores, porém não menos importantes: façam os fiéis acomodados e anestesiados diante do mundo; façam os líderes religiosos controlar a vida dos membros; façam os fiéis debaterem sempre os mesmos temas e ficarem girando em círculos, sem saírem do lugar; estimulem ideias do tipo: ‘nós’ contra ‘eles’; façam com que eles se sintam pequenos e fracos diante do líder e da grandeza da religião; façam com que os membros se fechem mais dentro de si mesmos e se alienem do meio; promovam uma adoração desmedida da figura do mestre em detrimento do estudo e da prática dos seus ensinamentos originais.
Com essas medidas, as religiões continuarão servindo aos nossos propósitos.”
Autor: Hugo Lapa
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