Ética na Umbanda
A Umbanda foi anunciada no plano físico através do iluminado espírito que se nominou Caboclo das Sete Encruzilhadas, em 15 de novembro de 1908, em Neves, Niterói – RJ.
É fato!
A Umbanda é religião cristã e genuinamente brasileira. Usa vestimenta branca, símbolo de igualdade e cor de Oxalá, encerrando em si todas as demais cores representativas dos demais Orixás. Não cobra por caridade, não sacrifica animais em suas ritualísticas e evangeliza.
Isto é fato!
À par destes princípios sadios e básicos que norteiam a religião, muitas pessoas, desde o início do culto, sempre pugnaram pela elevação de nossa querida Umbanda nos mais diferentes aspectos. Dentre eles, o de cunho subjetivo (pessoal) sempre foi alvo das mais contundentes discussões.
Temas como moral, ética, conduta mediúnica etc., sempre foram objeto de polêmicas, onde cada um, de per si, tenta fazer ver aos outros que tal ou qual conduta é certa ou errada.
No entanto, por trás destas discussões comportamentais, existiam e existem duas forças antagônicas digladiando-se incessantemente: a força da moral, dos bons costumes, da ética, da espiritualidade superior, da verdade; e a força da subjugação, da mentira, da permissividade, da parcialidade, da imoralidade.
No Movimento Umbandista, como em outros segmentos religiosos, há uma pluralidade de idéias, de ideais, um heterogeneidade de interesses em relação à religião. Existem aqueles que apenas servem-se ou tentam servir-se da religião para seus próprios interesses. Não esclarecem nem difundem os sublimes ensinamentos e metas do astral superior; pregam ritualísticas sem base moral, sem fundamento; sustentam-se materialmente do que praticam; fazem dos terreiros de Umbanda seu ganha-pão diário, como se fosse uma empresa comercial; não discutem abertamente os problemas na religião, porque, se discutirem, colocarão sob avaliação suas condutas distorcidas e eivadas de máculas.
Outros mais corajosos e comprometidos com o aperfeiçoamento daqueles que militam na seara umbandista, estão sempre a comentar e orientar outros irmãos quanto aos fenômenos negativos que ora se apresentam, mostrando o caminho diante das mazelas emergentes. A ética, por exemplo, conjunto de princípios e deveres morais que o homem tem para com Deus e sociedade, é fator que deve preponderar em qualquer pessoa que queira ver a Umbanda fortalecer-se moralmente, intelectualmente. Para que tal progresso ocorra é preciso, inexoravelmente, trazermos à tona os focos destoantes de comportamento. A partir daí, veremos melhor quem são aqueles realmente comprometidos com as diretrizes de Oxalá. Visualizaremos também outros tantos que estão somente preocupados em sedimentar a obscuridade, a confusão, a permissividade.
Os verdadeiros umbandistas não temem discutir os aspectos subjetivos e materiais da religião, pois são sabedores que tal ação só melhorará a nossa religião, fazendo com que no futuro tenhamos um Movimento Umbandista melhor, mais moralizado, mais elevado, de melhores médiuns e assistentes.
Quanto àqueles que insistem em esconder os problemas na religião, fazem-no porque, ocultando os focos destoantes, estarão camuflando as aberrações ético-morais de si mesmos, contaminados que estão de condutas que os costumes, o caráter e a honestidade sempre repeliram e repelirão.
Para estes, só a misericórdia de Deus.
Saravá Umbanda !!!
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