ESTUDO ESPÍRITA 2013- 26/04/2013
OBREIROS DA VIDA ETERNA- CAP-14 (ANDRÉ LUIZ )
QUEM TEM MEDO DA MORTE -CAP SEM NUMERAÇÃO (RICHARD SIMONETTI )
POSTURAS PERANTE O ADEUS ( VELÓRIO )
COMENTÁRIO:
Quase sempre, na nossa condição espiritual, o pleno desligamento do corpo não se dá no exato momento da morte do mesmo.
São variadas as ligações , pertubações e estados emocionais do desencarnado.
Por isso, diante do momento de despedidas devem ser dados alguns cuidados ,e
muita prece.
Vejamos a narrativa de André mostrando o lado espiritual de um cortejo e um
esclarecedor testo de Richard Simonetti.
Textos:
O,V.E
Felizmente — aventou a genitora, satisfeita —, vem melhorando de modo visível. Os resíduos que o ligam ao cadáver estão quase extintos. Relanceou o olhar pelos ângulos da modesta residência e acrescentou: — Se fosse possível receber maior cooperação dos amigos encarnados, ser -lhe ia muito mais fácil o restabelecimento integral. No entanto, cada vez que os parentes se debruçam, em pranto, sobre os despojos, é chamado ao cadáver, com prejuízo para a restauração mais rápida. — Lamentavelmente, porém — tornou Fabriciano —, nossos irmãos encarnados não possuem a chave de reais conhecimentos para organizar ação adequada a esta hora.
Q.T.M.M
Quando comparecemos a um velório cumprimos sagrado dever de solidariedade,
oferecendo conforto à família. Infelizmente, tendemos a fazê-lo pela metade, com a presença física, ignorando o que poderíamos definir por compostura espiritual, a exprimir-se no respeito pelo ambiente e no empenho de ajudar o morto.
Superada a longa fase das carpideiras, em que obrigatoriamente a presença da
morte era encarada como algo terrível a inspirar compulsórios sentimentos de dor, com a participação de lágrimas abundantes, fomos parar no extremo oposto em que, excetuados os familiares, os circunstantes parecem estar em oportuna reunião social, onde velhos amigos se reencontram, com o ensejo de "pôr a conversa em dia". Contam-se piadas, fala-se de futebol, política, sexo, modas... Ninguém se dá ao trabalho sequer de reduzir o volume da voz, numa zoeira incrível, principalmente ao aproximar-se o horário do sepultamento,
quando o recinto acolhe maior número de pessoas.
O falecido é sempre lembrado, até com palavras elogiosas (em princípio todo morto é bom, conforme velha tradição humana), mas fatalmente as reminiscências desembocam em aspectos negativos de seu comportamento, gerando chistes e fofocas.
Imaginemos a situação desconfortante do Espírito, ainda ligado ao corpo, mergulhado num oceano de vibrações heterogêneas, "contribuição" lamentável de pessoas que comparecem em nome da amizade, mas agem como indisciplinados espectadores a dificultar a tarefa de diligente equipe de socorro no esforço por retirar um ferido dos escombros de uma casa que desabou... Preso à residência temporária transformada em ruína física pela morte, o desencarnante, em estado de inconsciência, recebe o impacto dessas vibrações desrespeitosas e desajustantes que o atingem penosamente, particularmente as de caráter pessoal. Como se vivesse terrível pesadelo ele quer despertar, luta por readquirir o domínio do corpo, quedando-se angustiado e aflito.
Num velório concorrido, com expressivo acompanhamento ao túmulo, comenta-se: "Que belo enterro! Quanta gente!" No entanto, nem sempre o que nos parece
agradável é bom, principalmente quando confrontamos a realidade física com a espiritual.
Quanto maior o número de pessoas, mais heterogêneas as conversas, mais carregado o ambiente, maior o impacto sobre o falecido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário