OBSESSÃO
Introdução
As informações existentes neste estudo têm como finalidade levar o trabalhador ou dirigente espírita que lida com a obsessão, a um melhor entendimento acerca dos métodos pelos quais se é possível identificá-la e tratá-la com relativa segurança.
Sabe-se que a obsessão é uma disfunção mental de fundo espiritual, que sempre esteve presente na vida do homem terreno. Seu tratamento foi mistério em todos os tempos. Com o advento do Espiritismo, conseguiu-se uma explicação racional para o fenômeno, demonstrando suas causas, classificando seus efeitos e apontando caminhos para sua cura.
Nos tempos atuais, devido ao crescimento desmedido da população, sua decadência moral e os inúmeros problemas sociais que enfrenta o mundo, a obsessão tornou-se um verdadeiro flagelo, provocando desentendimentos, vícios, anomalias psicológicas, suicídios e outros males do gênero. A ciência humana continua não aceitando os conceitos espíritas a respeito do assunto, deixando de oferecer oportunidade de cura a inúmeros pacientes que a procuram. A Doutrina Espírita ainda é a única saída para o alívio e cura da obsessão, principalmente os casos mais graves.
Frente a essa situação de emergência por que passa a humanidade, nós espíritas, que somos os trabalhadores da última hora, temos que nos esforçar para termos um bom entendimento das causas da obsessão e dos métodos que podemos utilizar para cuidarmos dos que são vitimados por ela.
A obsessão é ainda um dos maiores entraves para a prática da mediunidade. Allan Kardec afirmou que nunca seriam demais as providências destinadas a combater sua influência daninha.
A prática do Espiritismo, por uma série de fatores, passa por um período onde sua produtividade terapêutica é baixa. Essa situação de pouca produção precisa ser questionada para se promover o progresso.
A Doutrina Espírita nos ensina que tudo deve progredir. E para sabermos se a ajuda espiritual ministrada em nossa casa está sendo suficientemente útil basta controlarmos os tratamentos que vêm sendo feitos pela equipe de desobsessão. Os dados pessoais do obsedado, bem como os principais sintomas da perturbação, devem ser anotados em fichas de informações. Depois de algum tempo, 30 ou 60 dias, por exemplo, faz-se uma comparação com o período anterior ao tratamento. Se houve melhora de sintomas em mais de 50% dos casos, o atendimento está em bom nível. Abaixo deste índice, é preciso melhorar a metodologia utilizada.
O que se tem observado num considerável número de sociedades é a necessidade urgente de se aperfeiçoar o método de tratamento utilizado. Isso, quando ele existe. Inclui-se nesse aperfeiçoamento, a melhoria das atividades mediúnicas, com o desenvolvimento de médiuns seguros e flexíveis para tratarem das evocações, doutrinações e pesquisas.
Na literatura espírita temos vários trabalhos falando do tema "desobsessão". Porém, em maioria foram escritos por autores desabituados com as lides diárias da obsessão. São teóricos que pouco entendem do lado prático do tratamento. Esses estudos deixam a desejar quanto à realidade prática das instituições espíritas. Repetem antigos e mal interpretados conceitos, teses redundantes que pouco acrescentam ao conhecimento de quem precisa mudar.
Fizemos esse trabalho com a finalidade de colaborar para minimizar essa deficiência. Queremos, com ele, contribuir para que o tratamento da obsessão nas casas espíritas seja mais organizado e apresente resultados mais satisfatórios.
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